Introdução: O dispositivo intrauterino (DIU), é utilizado há anos como método contraceptivo de longo prazo. A inserção deste pode ocasionar algumas complicações, como perfuração parcial ou completa do miométrio e a inserção baixa, conduzindo para a sua expulsão ou aumentando a chance de uma gestação concomitante. A ultrassonografia (US) é um método de grande valor, podendo ser utilizada, antes, durante e após a inserção do DIU. Objetivo: Analisar o uso da US na avaliação do dispositivo intrauterino. Metodologia: Revisão integrativa da literatura realizada a partir de 7 estudos publicados na base de dados US Nacional Library of Medicine National Institutes of Health (Pubmed), correspondendo ao período de 2004- 2014. Discussão: A US transvaginal tem sido considerada como o melhor método para diagnosticar inadequações no posicionamento do DIU. O achado ultrassonográfico atualmente mais considerado para classificá-lo como mal posicionado é a implantação baixa, com a sua porção distal ultrapassando o orifício cervical interno. A inadequação de sua posição, quando precocemente diagnosticada pela US previne a sua ineficácia. Além disso, reduz a prevalência de complicações, sendo também capaz de identificar útero retrofletido ou miomatoso, anomalias müllerianas, adenomiose ou síndrome de Aschermann. A US também se mostrou útil e confiável no acompanhamento do DIU pós-. Há, no entanto, autores que preconizam a inserção de DIU guiado por US para a prevenção da perfuração uterina apenas nos casos de pacientes com alterações mullerianas ou sinéquia uterina, e que nos demais casos o exame clínico é adequado para a avaliação da posição do DIU, dispensando a indicação da US para essa finalidade. Conclusão: US, por ser uma técnica de baixo custo e não envolver radiação ionizante, tem sido utilizada de rotina, e é bastante útil para avaliar se o DIU está corretamente posicionado ou identificar complicações existentes.
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