Introdução: A gravidez e lactação causam alterações mamárias que dificultam a avaliação ultrassonográfica. Os achados podem simular patologias, dificultar avaliação de doenças preexistentes e confundir processos benignos de malignos, comprometendo o prognóstico e levando falsas condutas. Objetivo: Descrever a importância da ultrassonografia associada ao conhecimento das alterações fisiológicas das mamas e das doenças mamárias mais prevalentes nas gestantes e lactantes. Métodos: Revisão de literatura com coleta de dados a partir de fontes secundárias, por meio de levantamento bibliográfico nas bases de dados Scielo, Pubmed e Lilacs, com a seguinte formatação: “Pregnancy AND Lactation AND Breast AND Ultrasonography”, totalizando 56 artigos. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão foram selecionados 5 artigos. Resultados: As alterações das mamas durante esses períodos são decorrentes das alterações de estrogênio, progesterona e prolactina, que levam a proliferação ductal, hiperplasia lobular, involução do tecido gorduroso, aumento da vascularização e lactação, e dificultam o os principais diagnósticos desse período: Mastite puerperal, abscesso, linfonodos intramamários e axilares aumentados, mastite granulomatosa, galatocele, adenoma da Lactação, fibroadenoma e câncer de mama associado a gravidez. Na suspeita, deve-se priorizar a ultrassonografia. A investigação tem como objetivo evitar biópsias desnecessárias; permitir o diagnóstico de lesão suspeita e realização de biópsia e identificar câncer oculto quando o nódulo palpável suspeito for benigno. Conclusão: O diagnóstico ultrassonográfico de lesões mamárias nesse período é desafiador, visto as alterações pertinentes. Contudo, para elucidação diagnóstica, a ultrassonografia é necessária, associada ao conhecimento das alterações fisiológicas.
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