Introdução: Infecções fetais adquiridas no útero ou durante o nascimento são um importante fator de morbimortalidade. Dentre elas, a infecção por citomegalovírus (CMV) tem seu destaque por ser a mais frequente em casos congênitos neonatais, com uma taxa de incidência entre 0,2 - 2% e risco de transmissão fetal de 30 a 40% em infecções primárias. Nesse sentido, o uso da ultrassonografia como instrumento adjuvante é de grande valia na avaliação clínica e identificação de anormalidades estruturais ou de crescimento no feto. Objetivo: Descrever os principais achados ultrassonográficos nas infecções fetais por citomegalovírus. Metodologia: Revisão de literatura com utilização de fontes secundárias, através de um levantamento bibliográfico nas seguintes bases de dados: Pubmed, Scielo e Lilacs, com a seguinte formatação: “Ultrasonography AND Cytomegalovirus AND Pregnancy”, totalizando 263 artigos. Consoante a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão foram selecionados 6 artigos. Resultados: A investigação diagnóstica quanto ao comprometimento fetal por meio da ultrassonografia é essencial, visto a capacidade do método de evidenciar anomalias e por se tratar de um procedimento não invasivo. No que tange aos achados ecográficos, os mais frequentes e característicos são: crescimento intrauterino restrito, ventriculomegalia cerebral, ascite, microcefalia, calcificações intracranianas periventriculares e alteração no volume do líquido amniótico (LA). Vale ressaltar que a idade gestacional precoce não influi em um aumento do risco de transmissão, no entanto, eleva a gravidade das alterações. Conclusão: O uso da ultrassonografia, apesar de apresentar resultados inespecíficos para o diagnóstico, tem papel significativo na avaliação clínica e, portanto, é uma estratégia pertinente na determinação do prognóstico pré e pós natal.
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