MORTALIDADE POR DIABETES MELLITUS DE MULHERES EM IDADE FÉRTIL: EXPLORANDO AS COMPLICAÇÕES

  • Autor
  • Alana Rebeca Gonçalves Machado
  • Co-autores
  • Aline de Castro das Neves , Diogo Lucena Leite , Sabrina Souza Fonseca , Kissila Agostini da Costa Amaral , Luana Cristina Moura de Souza , Cristiely Alves Oliveira , Jeanne Teixeira Bessa Fuly
  • Resumo
  • Introdução: A diabetes mellitus é um sério problema de saúde pública com incidência aumentada nos últimos anos e que geralmente resulta em doença metabólica com complicações graves. É definida como qualquer nível de intolerância a carboidratos, por comprometimento relativo ou absoluto na secreção de insulina, resultando em hiperglicemia de gravidade variável, que pode culminar na disfunção e insuficiência de determinados órgãos. Esse distúrbio pode gerar consequências graves, como o óbito, quando não é diagnosticada e tratada precocemente. Objetivos: Analisar a taxa de mortalidade de mulheres em idade fértil por diabetes mellitus, identificando as principais complicações de diabetes na saúde da mulher. Métodos: Trata-se de um estudo observacional retrospectivo e descritivo, que analisou a taxa de mortalidade em mulheres em idade fértil relacionada à diabetes mellitus no Brasil entre 2020 a 2022. Os dados foram coletados no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e Sistema de Informação e Agravos de Notificação (SINAN), considerando variável-chave idade. Resultados: Entre os anos de 2020 a 2022, em todo território nacional, foram registradas 7.293 mortes de mulheres em idade fértil devido ao diabetes mellitus. De acordo com esses dados, 44 (0,60%) desses óbitos ocorreram na faixa etária de 10 a 14 anos, 178 (2,44%) entre mulheres dos 15 aos 19 anos, 809 mortes (11,09%) dos 20 aos 29 anos, 1.648 (22,59%) dos 30 aos 39 anos e 4.614 mortes (63,26%) entre mulheres dos 40 aos 49 anos. Nota-se que a maior taxa de mortalidade foi encontrada em mulheres com idade entre 40 e 49 anos. Tal achado pode estar relacionado à idade de transição da menopausa e suas significativas alterações metabólicas e endócrinas. Além disso, uma parcela significativa dessas mortes ocorre por doenças cardiovasculares, doença renal diabética e neuropatia, complicações decorrentes da elevação dos níveis glicêmicos em indivíduos com diabetes. Logo, a interação entre a saúde feminina e a fisiopatologia do diabetes, necessita ser melhor entendida, a fim de que práticas clínicas e intervenções preventivas sejam aplicadas para a queda das complicações e tendência de mortalidade associadas a essa patologia. Conclusão: De acordo com a alta taxa de mortalidade por diabetes mellitus em mulheres em idade fértil, nota-se a importância do diagnóstico precoce e tratamento dessa patologia, que impacta negativamente nos indicadores econômicos e de saúde do Brasil, uma vez que leva a perdas de mulheres em plena vida produtiva/laboral e aumenta os riscos relacionados à gestação como morte materna e neonatal, considerados importantes indicadores de saúde. Faz-se necessário implementar estratégias de prevenção, detecção precoce e tratamento eficaz da diabetes em mulheres em idade fértil, visando não apenas melhorar sua saúde individual, diminuindo a morbidade e mortalidade nessa população, como melhorar os indicadores de saúde materna e infantil.

  • Palavras-chave
  • Diabetes Mellitus, Saúde da mulher, Mortalidade.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Epidemiologia e estatística
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