A infertilidade, conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS) é uma problemática caracterizada pela tentativa de gravidez de um casal, sem resultados positivos, após 1 ano de relações desprotegidas. Dessa maneira, sabe-se que no Brasil, há a possibilidade de cerca de 8 milhões de pessoas serem consideradas inférteis, em virtude de inúmeras alterações no sistema reprodutor tanto masculino quanto feminino. Paralelo a isso, existem diversos fármacos que auxiliam na indução da fertilidade, a exemplo do inibidor da aromatase de terceira geração, letrozol (LTZ) que inicialmente foi descoberto como tratamento para o câncer de mama, mas vem se mostrando eficaz na reprodução assistida. Nesse sentido, esse estudo tem o objetivo de analisar as atualizações sobre a eficácia do uso off label do Letrozol na indução da ovulação. Dessa forma, foi realizada uma revisão bibliográfica sistemática nas principais plataformas digitais, (Scielo, Pubmed e LILACS),em que foram selecionados artigos entre os anos de 2020 a 2024, utilizando os termos independentes “letrozol” e “fertilidade”. Dos 207 artigos identificados,187 foram recusados após leitura prévia de título e do resumo. Dos 20 artigos submetidos à leitura integral,10 foram selecionados após critérios de exclusão. Nessa perspectiva, a eficácia do uso do letrozol na reprodução assistida em mulheres com anovulação foi observada em diferentes estudos. Consoante um estudo dinamarquês (DAHLBERG et al., 2023), o LTZ tem sido recomendado internacionalmente como tratamento de primeira escolha para a indução da ovulação em mulheres com Síndrome dos Ovários Policísticos, desde 2018, mas ainda permanece off Label em muitos países. No Brasil (Da SILVA et al., 2020), as pesquisas evidenciaram, que o uso de letrozol não aumenta os efeitos teratogênicos, não apresenta nenhuma diferença no risco de malformações, e por sua vez, não ocasiona resultados adversos para a mãe e para o feto. De acordo com essa revisão brasileira, foram submetidos um grupo controle e um grupo experimental comparando o Letrozol com outra medicação, já em uso e com comprovações seguras, em que, as mulheres que receberam LTZ tiveram significativas taxas de ovulação e de nascidos vivos em comparação com quem recebeu Clomifeno (61,7 vs 48,35% e 27,5 vs 19,1%, respectivamente). Além do mais, um estudo chinês (YANG et al., 2021) demonstrou que o LTZ, apresenta-se mais acessível, mostrando-se com menos efeitos adversos e com um menor custo em relação as gonadotrofinas injetáveis. Portanto, sabe-se conforme a análise dos estudos supracitados que o Letrozol, apesar
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