ENDOMETRIOSE NO BRASIL: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INTERNAÇÕES EM UM PERÍODO DE 5 ANOS

  • Autor
  • Maria Cecília Zabot
  • Co-autores
  • Ana Vitória de Melo Chagas , Luciana Lima Pinheiro , Thaís Camila Alves Lessa Duran , Ernesto Duran Neto , Marco Aurelio da Silva Veras
  • Resumo
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    Introdução: Endometriose é uma doença ginecológica crônica, benigna, estrogênio-dependente e de natureza multifatorial que acomete principalmente mulheres em idade reprodutiva. Pode ser definida pela presença de tecido que se assemelha à glândula e/ou ao estroma endometrial fora do útero, com predomínio, mas não exclusivo, na pelve feminina. O tratamento deve ser individualizado, levando-se em conta sempre os sintomas da paciente e o impacto da doença e de seu tratamento sobre a sua qualidade de vida. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico das internações por endometriose no Brasil entre os anos de 2019 e 2023. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico transversal, descritivo, de caráter quantitativo, no qual os dados foram retirados a partir do sistema de informática do Sistema Único de Saúde - DATASUS. As variáveis pesquisadas foram: total de internações, cor/raça, faixa etária e óbitos. O período da pesquisa foi delimitado entre janeiro de 2019 e dezembro de 2023, o que corresponde a um período de 5 anos. Resultados: Foram registradas 57.402 internações no período estudado. Em 2019 e 2023 foram registradas 11.989 e 15.222 internações, respectivamente. O ano de 2020 registrou o menor número de hospitalizações, 7.202; e o ano de 2023 apontou o maior número, 15.222. O estado com o maior número de notificações foi o estado de São Paulo, 10.243, e o estado com o menor número foi o Amapá, 325. A cor/raça parda apontou o maior número de hospitalizações, 25.446. A faixa etária mais acometida foi a de mulheres de 40 a 49 anos, 24.854. Foram registrados 79 óbitos no período analisado. Conclusão: O perfil epidemiológico das internações por endometriose no Brasil nos últimos cinco anos (2019-2023) foi caracterizado por mulheres pardas na faixa etária de 40 a 49 anos. O maior número de hospitalizações concentrou-se na região sudeste do país, o que pode ser justificado pela maior densidade demográfica e por mais facilidade de acesso aos serviços de saúde. Diante da importância dessa doença e do impacto gerado na vida das mulheres, é de suma importância maiores investimentos em infraestrutura dos serviços de saúde, principalmente nas regiões mais afastadas dos grandes centros, de modo a promover o diagnóstico precoce e o tratamento adequado da endometriose.

  • Palavras-chave
  • endometriose, internações, perfil epidemiológico
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