INCIDÊNCIA DOS CASOS DE SÍFILIS CONGENITA NO ESTADO DE RONDÔNIA: ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA ENTRE OS PERÍODOS DE 2019 A 2023

  • Autor
  • João Marcos Esposto
  • Co-autores
  • Guilherme Cangussu Arruda , Luan da Silva Rocha , Maria Karollyne Oliveira Dum de Sa Barreto , Flávia Thalyta Alves Molés , Jeanne Teixeira Bessa Fuly
  • Resumo
  • Introdução: A sífilis congênita (SC) é uma condição séria e potencialmente debilitante, resultado da disseminação hematogênica da bactéria Treponema pallidum da mãe para o concepto via transplacentária. Os sintomas da sífilis congênita podem variar de leves a graves e podem se manifestar em diferentes momentos após o parto. Alguns dos sinais e sintomas comuns incluem erupções cutâneas, lesões nos ossos e nos dentes, problemas de visão e audição, icterícia, anemia, hepato/esplenomegalia, além de dificuldades neurológicas que podem causar atrasos no desenvolvimento, convulsões e até deficiência intelectual. O diagnóstico da sífilis congênita pode ser feito através de uma combinação de métodos e o tratamento imediato, além de ser simples (pelo uso de antimicrobiano), é essencial para prevenir complicações graves e melhorar o prognóstico dos pacientes. Objetivo: Analisar a incidência de sífilis congênita no estado de Rondônia no período compreendido entre 2019 e 2023. Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo e descritivo, que analisou a incidência de sífilis congênita no estado de Rondônia entre os anos de 2013 a 2022. Os dados foram coletados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), do departamento de informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), considerando variáveis-chave como: ano, número de casos e municípios mais impactados Resultados: No período de 2019 a 2023, foram registrados 204 casos de sífilis congênita no estado de Rondônia. O ano de 2019 se destaca com o maior número de ocorrências, 36,76% (75 casos), seguido pelo ano de 2022 com 30,39% (62 casos). Em contrapartida, o ano de menor incidência foi 2023, representando apenas 8,82% (18 casos). Na análise demográfica, Porto Velho foi a cidade com maior número de casos, 69,6% (142 casos) dos casos registrados. Conclusões: A análise dos dados revela que apesar dos dados de sífilis congênita, não serem alarmantes, ainda demandam atenção, pois entre 2019 e 2023, ocorreram em média, cerca de 40 casos por ano. A queda no número de casos no ano de 2023 a valores menores que a metade dos casos de 2022, indica que a pandemia da Covid-19 impactou negativamente sobre a assistência pré-natal da população, possivelmente pela menor procura deste serviço pelas gestantes, mas também pela menor realização de testes diagnósticos e, consequentemente, tratamento oportuno; mas com reforço dos cuidados pré-natais após o período, houve nova queda nos índices. Também é possível supor, que o uso adequado das medidas designadas para o controle e combate da sífilis, tenham surtido efeito positivo para a redução dos casos de SC, como por exemplo, a intervenção com antibioticoterapia nos casos confirmados, a testagem dos parceiros e as campanhas de combate às infecções sexualmente transmissíveis. Por fim, esse estudo visa alertar aos profissionais de saúde, aos serviços de saúde e aos responsáveis pelas políticas públicas de saúde, que não podemos diminuir os esforços no controle da doença, sob risco do aumento dos casos de uma doença facilmente diagnosticada e tratada com impacto social e econômico significativo, tanto para a família dos nascituros quanto para o Estado. 

  • Palavras-chave
  • Análise; Incidência; Sífilis Congênita.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
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  • Epidemiologia e estatística
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