Introdução: Os métodos contraceptivos desempenham um papel crucial no planejamento familiar, bem como na saúde reprodutiva. A decisão pelo método mais adequado é influenciada por fatores como eficácia, conveniência, efeitos colaterais e preferências individuais. Na rede pública de saúde de Porto Velho–RO, os principais métodos ofertados são o Anticoncepcional Oral, a Injeção hormonal Mensal e Trimestral, DIU de Cobre e métodos de barreira. Objetivos: Elencar quais eram os principais métodos contraceptivos (MAC) utilizados pelas pacientes que buscaram o Serviço de Planejamento Familiar do Centro de Referência de Saúde da Mulher (CRSM), em Porto Velho–RO, e quais foram os principais métodos que passaram a ser empregados após o atendimento em consulta médica. Métodos: Por meio de um levantamento de prontuários, foram analisadas 2452 pacientes atendidas no CRSM entre 2020 e 2023, observando quais eram os MAC utilizados no momento da consulta e quais métodos passaram a ser empregados após. Após este levantamento, estes dados foram analisados em tabelamento Excel a fim de obter a representatividade de cada no cenário proposto. Resultados: Dessa forma, observaram-se as seguintes alterações: anticoncepcional oral representava 8,1% passou a 2,4%, DIU de Cobre, 24,5% para 67,2%, DIU de desogestrel 0,3% para 1,5%, implante subdérmico de etonogestrel 9,5% para 5,7%, injeção mensal e trimestral de 13,7 para 15%, nenhum método, 11,7% para 8,0%. Outro ponto contemplado pela pesquisa é que, dentre as analisadas, o DIU de cobre também foi o método com maior número de consultas com pacientes que estavam insatisfeitas com os efeitos colaterais e desejavam fazer a transação para um método alternativo. Conclusão: Portanto, diante da observância dos resultados em relação aos objetivos propostos, a alternativa pelo DIU de Cobre foi a mais buscada dentro da amostra estudada, enquanto o uso de anticoncepcional oral foi o método mais substituído. Este resultado pode ser analisado com algumas ressalvas, visto que o DIU de Cobre, pela rede pública de saúde, é manejado majoritariamente na CRSM o que desvia o delineamento de tipo paciente, por outro lado, destaca-se a importância da orientação médica a fim de combater preconceitos acerca de um método considerado seguro, eficiente e com baixos índices de efeitos colaterais para a maioria das usuárias, enquanto anticoncepcionais orais trazem um fardo da descarga hormonal exigindo um manejo mais aguçado do médico e um alinhamento maior entre médico paciente. Em consonância, uma pesquisa de objetivos similares realizada nos Estados Unidos em 2020, observou-se também uma predileção pelos Dispositivos Intrauterinos, enquanto ressaltou a importância da capacidade de orientação do médico não só sobre a efetividade, os benefícios e a aplicabilidade de determinado método. Pesquisas como essa, são capazes de embasar decisões acerca do direcionamento do financiamento público no planejamento familiar, ressaltando-se a importância de um projeto terapêutico singular eficiente e elaborado em conjunto com a própria paciente, levando em consideração de forma relevante, sua liberdade de opinar sobre seu próprio corpo.
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