Introdução: Os implantes hormonais são pequenos tubos de 4 a 5 cm que são inseridos na camada subcutânea da mulher e cumprem a função de liberar pequenas quantidades de hormônios na corrente sanguínea diariamente. Existem dois tipos de implantes hormonais: os absorvíveis e os não absorvíveis, sendo que ambos podem liberar hormônios como testosterona e estradiol. Tais dispositivos trouxeram maior comodidade às suas usuárias desde o momento de sua criação, mas sua eficácia na contracepção ainda é motivo de grandes discussões científicas atuais. Objetivos: O objetivo do presente trabalho é realizar uma específica revisão bibliográfica sobre a eficácia contraceptiva dos implantes hormonais na saúde da mulher brasileira. Métodos: Realizou-se uma revisão de literatura integrativa a partir de artigos selecionados entre os anos de 2021 e 2023, em português na base de dados da Febrasgo, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), PUBMED e LILACS. Resultados: Os implantes hormonais subcutâneos consistem em pequenas cápsulas de silicone que liberam hormônios de maneira constante e controlada no corpo. A eficácia desses dispositivos é comprovada, com taxas de sucesso superiores a 99% na prevenção da gravidez. Além disso, os implantes têm sido utilizados não só com o objetivo de contracepção, mas também como terapia hormonal auxiliando a vida de mulheres de diferentes idades. Atualmente, no Brasil, o único implante aprovado para contracepção é o IMPLANON NXT®, um bastão único, com cerca de 4 cm de comprimento por 2 mm de espessura com 68 mg de ENG. O progestagênio, liberado de forma contínua, inibe a ovulação, além de causar modificações no endométrio e no muco cervical, com efeito contraceptivo que dura três anos. Dessa forma, o índice de Pearl no primeiro ano é de 0,05%, considerado um LARC (Contraceptivos Reversíveis de Longa Ação). Ademais, é válido ressaltar que após a sua remoção, há rápido retorno à fertilidade. Há uma grande repercussão quanto aos implantes hormonais “personalizados” com alguns tipos de hormônios especificidade. As comissões especializadas da Febrasgo em Climatério e Anticoncepção consideram que a literatura médica atual não apresenta uma quantidade adequada de informações que comprovem a efetividade e segurança dos implantes hormonais. Esses dispositivos, frequentemente referidos como “chips”, contêm uma variedade de hormônios como estradiol, testosterona, gestrinona e DHEA, entre outros. Conclusão: Diante das evidências apresentadas, conclui-se que os implantes hormonais subcutâneos representam uma inovação significativa na contracepção e terapia hormonal. O implanon NXT®, único dispositivo aprovado no Brasil, destaca-se pela sua capacidade de contracepção e sua alta taxa de eficácia, indicado especialmente para mulheres, nas comorbidades em que não se pode utilizar métodos com estrogênios e em grupos vulneráveis, como adolescentes, drogaditas e mulheres com HIV. Já os implantes utilizados como terapia hormonal, ainda suscitam debate na comunidade médica, especialmente pela sua efetividade e segurança.
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