ACRETISMO PLACENTÁRIO: DIAGNÓSTICO E PRINCIPAIS CONDUTAS TERAPÊUTICAS.

  • Autor
  • Layra Christina de Souza Rabelo
  • Co-autores
  • Anny Beatriz Kayser Mariano , Joyce Karolina Dantas Melo , Bruna Aurislânya de Sá Queiroga , Paloma Loiola do Nascimento , Laura Millena da Silva Oliveira , Jéssica Mara Bergonzini da Silva , Aline Goulart Dezidério , Rebeca de Paula Belmont , Rita de Cássia Alves Ferreira Silva
  • Resumo
  • Introdução: O acretismo placentário consiste na implantação anormal da placenta no útero, a qual está aderida ao órgão de modo mais intenso, uma vez que a sua fixação ultrapassa o endométrio, invade o miométrio e, em outros casos, a serosa. Os principais fatores de riscos associados envolvem a idade materna superior a 35 anos, cirurgia uterina prévia, placenta prévia, multiparidade, miomas submucosos e lesões endometriais. A Ultrassonografia (US) é um método seguro para o diagnóstico e deve ser realizado em gestantes em risco, com a finalidade de propiciar a identificação precoce, o tratamento individualizado e, por conseguinte, a redução da morbimortalidade materna concernente às complicações da placenta acreta – por exemplo, a hemorragia pós-parto intensa. Objetivos: Descrever o diagnóstico e as principais estratégias de manejo do acretismo placentário. Métodos: Realizou-se uma revisão de literatura baseada em artigos científicos publicados entre os anos de 2010 a maio de 2024, presentes nas plataformas digitais PubMed, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), SciElo e Mendeley. Os estudos selecionados atenderam aos critérios de inclusão, como o título pertinente à temática abordada. Resultados: O acretismo placentário representa um fator relevante de morbimortalidade materna em decorrência do risco acentuado de hemorragias. O manejo dessa condição é dado a partir do diagnóstico, sendo positivo quando identificado no pré-natal por meio de exames de imagem como a Ultrassonografia (US) e, em casos mais específicos, utiliza-se a Ressonância Nuclear Magnética (RNM). Entretanto, existem situações tardias em que a placenta acreta é diagnosticada apenas no momento do parto. A US concordante para placenta acreta emprega critérios, dos quais é necessário a presença de pelo menos um, tais como interrupção da interface bexiga-útero, obliteração de espaço disponível a placenta e miométrio e visualização de lacunas placentárias. Ademais, marcadores biológicos maternos são empregados no diagnóstico de implantação placentária anormal e podem servir para monitorizar as pacientes em tratamentos conservadores. As condutas relevantes concernem com a interrupção da perda de sangue potencialmente fatal e diminuição de transfusão sanguínea.  O tratamento padrão-ouro é a cesárea em associação à histerectomia, de acordo com o American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG), realizado diretamente sem tentativa de separação placentária, visando evitar hemorragia maciça. Oposta prática de tratamento é permanecer com a placenta in situ (denominado conservador), nos casos de possibilidade de reabsorção placentária espontânea reduzindo risco de histerectomia subsequente ou realizando histerectomia tardia, contudo há probabilidade de exposição da mulher a complicações como intenso sangramento, coagulação intravascular disseminada e infecções. Ambas as práticas cirúrgicas e não cirúrgicas são associadas a alto risco de complicações. Conclusão: O acretismo placentário possui relação intrínseca com o aumento da morbimortalidade materna. O diagnóstico precoce durante o pré-natal é imprescindível, o qual possibilita o planejamento do manejo adequado considerando as especificidades em cada caso. Os tratamentos vigentes envolvem o alto risco de complicações, porém, a histerectomia periparto é considerada o padrão-ouro, uma vez que este procedimento cirúrgico reduz os casos de hemorragia grave e, consequentemente, diminui os danos causados à saúde da mulher.

  • Palavras-chave
  • Acretismo Placentário. Placenta. Miométrio.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Gravidez de alto risco
Voltar
  • Atenção primária
  • Ciência básica e translacional
  • Cirurgia ginecológica e uroginecologia
  • Contracepção
  • Doenças do trato genital inferior
  • Doenças sexualmente transmissíveis
  • Endocrinologia ginecológica
  • Endoscopia ginecológica
  • Ensino e Treinamento
  • Epidemiologia e estatística
  • Ética
  • Fisiologia do Sistema Reprodutor Feminino
  • Ginecologia geral
  • Ginecologia pediátrica e do adolescente
  • Gravidez de alto risco
  • Imagem
  • Mastologia
  • Medicina fetal
  • Multidisciplinaridade
  • Obstetrícia
  • Oncologia ginecológica
  • Qualidade de Vida
  • Reprodução humana
  • Sexualidade

Comissão Organizadora

ASSOGIRO

Comissão Científica

Presidente da Comissão:

  • DRA. RAQUEL RODRIGUES MURADÁS

Membros:

  • DR. CEZAR ANGELO ALFREDO FILHO
  • DRA. MARINES RODRIGUES DOS SANTOS CEZAR
  • DRA. POLYANA DE VARGAS TEIXEIRA
  • DRA. VALDELY HELENA TALAMONTE

 

contato@assogiro.org.br