A anemia falciforme é uma doença genética predominante em populações afrodescendentes, caracterizada por hemoglobina S defeituosa que causa deformação das hemácias em formato de foice, levando a complicações vaso-oclusivas e hemólise crônica. A mutação no gene da beta-globina resulta na produção de Hemoglobina S, responsável pela rigidez das células e obstrução da microcirculação. Essa condição causa crises de dor, lesões teciduais, e altas taxas de morbimortalidade, especialmente nos primeiros anos de vida. A detecção precoce da anemia falciforme no Brasil é realizada através da triagem neonatal, implementada desde 2001, permitindo um tratamento mais eficaz e prevenção de complicações. O aconselhamento genético também é fundamental para reduzir a incidência da doença. Clinicamente, a anemia falciforme apresenta grande variabilidade nas manifestações, desde crises vaso-oclusivas agudas até complicações crônicas graves. O diagnóstico é confirmado por técnicas como cromatografia líquida de alta eficiência, eletroforese e testes genéticos. O tratamento da anemia falciforme envolve medidas preventivas, imunizações, hidratação adequada, e uso de hidroxiuréia para aumentar a produção de hemoglobina fetal. A transfusão de sangue é utilizada para prevenir a descompensação cardiorrespiratória, mas deve ser administrada com cautela para evitar reações adversas e sobrecarga de ferro. O artigo visa revisar a literatura existente sobre os aspectos fisiopatológicos, clínicos, diagnósticos e de manejo da anemia falciforme, oferecendo uma síntese integrativa baseada em fontes renomadas.
ISBN registrado: 978-65-982433-7-1
Veiculação: Digital
Revista não indexada Lion
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