A doença de Chagas, descrita por Carlos Chagas no século XX, é uma infecção parasitária causada pelo Trypanosoma cruzi, transmitida principalmente por triatomíneos e outras vias como transfusão de sangue e transmissão congênita. Com três estágios morfológicos, o parasita afeta entre 8 e 10 milhões de pessoas na América Latina, causando cerca de 12.000 mortes anuais. A doença pode ser aguda, com sintomas como febre e miocardite, ou crônica, com formas assintomáticas e sintomáticas, sendo a forma cardíaca a mais grave. Entre 25% e 35% dos pacientes crônicos desenvolvem problemas cardiovasculares. O objetivo deste trabalho é revisar a fisiopatogênese da cardiopatia chagásica. Para a revisão de literatura sistemática, foram pesquisados artigos na PubMed com os descritores “Chagas disease and cardiomegaly” e “Pathophysiology cardiopathy chagas”, resultando em 252 e 960 artigos, respectivamente. Após aplicar critérios de inclusão, foram selecionados 27 artigos, dos quais 8 foram escolhidos para a revisão, provenientes de plataformas como PubMed, Scielo, Cetrus e da revista “Sociedade de Cardiologia do Rio Grande do Sul”. A fase aguda da doença pode durar de 2 a 3 semanas, com sintomas variando de assintomáticos a miocardite e inflamação. A fase crônica pode evoluir para formas indeterminada, digestiva, mista ou cardíaca, destacando-se por cardiomegalia, insuficiência cardíaca, arritmias e tromboembolismo. A fisiopatologia inclui inflamação, necrose e fibrose cardíaca, afetando a condução elétrica e podendo levar a complicações graves. O diagnóstico é feito por testes sorológicos e exames complementares, e o tratamento pode incluir marca-passos e betabloqueadores para arritmias.
ISBN registrado: 978-65-982433-7-1
Veiculação: Digital
Revista não indexada Lion
Os trabalhos que foram submetidos e aceitos, estão nos anais do evento do primeiro CONSIS.
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