IMPACTO DO USO PROLONGADO DE ANTICOAGULANTES NA INCIDÊNCIA DE HEMORRAGIA EM PACIENTES COM FIBRILAÇÃO ATRIAL: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA.

IMPACTO DO USO PROLONGADO DE ANTICOAGULANTES NA INCIDÊNCIA DE HEMORRAGIA EM PACIENTES COM FIBRILAÇÃO ATRIAL: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA.

• Autor
• Andrews Barcellos Ramos
• Co-autores
• Weslley Sotero Pinto , Heitor Costa Azevedo de Lucena , Antônio Apolinário de Sousa , Matheus Alonso Shimizu João , Everson Pereira Marques , Manuela Lange Vicente , Vitória de Oliveira Cristóvão , Deise da Silva , Raissa Carmem Sousa Silva , Marinna de Freitas Menezes , Luara Bela Rocha Gomes , Carlos Wagner Leal Cordeiro Júnior
• Resumo

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   A fibrilação atrial (FA) é a arritmia cardíaca sustentada mais comum, associada a um aumento significativo do risco de acidente vascular cerebral isquêmico. O uso de anticoagulantes orais, como a varfarina, tem sido fundamental na prevenção de tromboembolismo nesses pacientes. Contudo, o uso prolongado desses medicamentos, especialmente da varfarina, é desafiador devido ao risco de hemorragias graves, particularmente intracranianas e gastrointestinais. Com a introdução dos novos anticoagulantes orais (NOACs), como dabigatrana, rivaroxabana, apixabana e edoxabana, surgiu a necessidade de avaliar se esses medicamentos oferecem um perfil de segurança superior ao da varfarina. Esta revisão sistemática buscou avaliar a incidência de hemorragias associadas ao uso prolongado de anticoagulantes em pacientes com FA. Foi realizada uma busca nas bases de dados PubMed, Embase e Cochrane Library, utilizando termos específicos relacionados a FA, anticoagulantes orais e hemorragias, cobrindo o período de janeiro de 2010 a julho de 2024. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados, estudos observacionais e revisões sistemáticas que relataram a incidência de hemorragias maiores e menores em pacientes adultos com FA. A revisão incluiu 45 estudos que preencheram os critérios de inclusão. A análise mostrou que a varfarina esteve associada a uma maior incidência de hemorragias maiores, especialmente intracranianas, com uma taxa de até 4,5% ao ano. Em contraste, os NOACs, particularmente a apixabana, apresentaram uma menor incidência de hemorragias maiores, variando de 1,5% a 3,5% ao ano, além de uma mortalidade associada a hemorragias significativamente menor em comparação com a varfarina. Conclui-se que, apesar dos benefícios dos NOACs em reduzir o risco de hemorragias, a escolha do anticoagulante deve ser individualizada, considerando o perfil de risco de cada paciente. A varfarina ainda tem um papel em certos subgrupos de pacientes, mas os NOACs emergem como alternativas mais seguras e eficazes na maioria dos casos.

• Palavras-chave
• Hemorragia, Fibrilação Atrial, Anticoagulantes Orais.
• Área Temática
• Artigo Não Indexado, Saúde do Adulto, da Mulher, da Criança e Adolescente e do Idoso.

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