O estrabismo é uma condição que afeta o alinhamento ocular, principalmente em crianças, impactando diretamente sua qualidade de vida. Ele ocorre quando há um desalinhamento binocular, causado por uma disfunção nos músculos extraoculares. O estrabismo pode ser classificado em três tipos: convergente (esodesvio), divergente (exodesvio) e vertical (hiperdesvio). Diversos fatores de risco, como retinopatia da prematuridade, erros refrativos, alterações neurológicas e fatores relacionados ao nascimento, aumentam a probabilidade de desenvolvimento do estrabismo. A identificação precoce desses fatores é essencial para o diagnóstico da ambliopia e para a escolha do tratamento mais adequado, que pode ser clínico ou cirúrgico. Este estudo visa esclarecer as indicações do uso de tampão ocular ou a necessidade de intervenção cirúrgica em crianças com estrabismo. O tratamento inicial geralmente inclui o uso de óculos, que ajudam a melhorar a visão e corrigir o alinhamento ocular. Se o problema persistir, o uso de tampão ocular pode ser indicado para igualar a acuidade visual e prevenir a ambliopia, condição que pode causar perda permanente da visão no olho afetado. O tampão é particularmente eficaz quando utilizado precocemente, especialmente em bebês com até seis meses de idade. Nos casos em que os tratamentos não-invasivos falham, a cirurgia se torna uma opção. O procedimento envolve o ajuste dos músculos extraoculares para realinhar os olhos. Apesar de eficaz, a cirurgia apresenta riscos como infecção, dor e cicatrizes, sendo indicada apenas quando as demais terapias não produzem os resultados esperados. Além disso, pode ser necessária a continuidade do uso de óculos ou tampão ocular após a cirurgia. A operação é mais recomendada antes dos seis anos de idade, pois o cérebro da criança ainda está em desenvolvimento, facilitando a adaptação aos novos alinhamentos oculares.
ISBN registrado: 978-65-982433-7-1
Veiculação: Digital
Revista não indexada Lion
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