Introdução: A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma condição crônica que provoca limitações respiratórias significativas e impacta negativamente a qualidade de vida dos pacientes. A reabilitação pulmonar, incluindo programas de exercícios físicos, é uma intervenção recomendada para o manejo dos sintomas da DPOC e melhoria da capacidade funcional e qualidade de vida. No entanto, a intensidade ideal dos exercícios para idosos com DPOC permanece um tema de investigação. Objetivo: Este estudo teve como objetivo comparar os efeitos de programas de exercício de alta e baixa intensidade sobre a função respiratória, capacidade funcional e qualidade de vida de idosos com DPOC, a fim de determinar qual intensidade oferece melhores benefícios com maior adesão. Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática nas bases de dados PubMed, Scopus e Web of Science, com estudos publicados entre 2010 e 2023. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados que avaliaram os efeitos de exercícios de alta intensidade (70-80% da frequência cardíaca máxima) e de baixa intensidade (40-50% da frequência cardíaca máxima) em idosos com DPOC, totalizando 1.400 participantes. Resultados: Os programas de alta intensidade proporcionaram melhorias significativas na função pulmonar, com um aumento médio de 12% no Volume Expiratório Forçado no Primeiro Segundo (VEF1) e um ganho médio de 15% na distância percorrida no teste de caminhada de seis minutos (TC6M). Em comparação, os programas de baixa intensidade apresentaram ganhos mais modestos, mas consistentes. Na qualidade de vida, ambos os programas mostraram melhorias, mas os pacientes dos programas de alta intensidade relataram maior alívio dos sintomas de dispneia e maior autossuficiência em atividades diárias. Discussão: Embora exercícios de alta intensidade ofereçam maiores benefícios fisiológicos, a adesão a esses programas foi menor, especialmente entre pacientes mais frágeis. Essa dificuldade é atribuída à maior exigência física dos exercícios intensos, o que pode não ser tolerável para todos os idosos com DPOC. Os programas de baixa intensidade, apesar de promoverem ganhos mais modestos, foram bem tolerados e demonstraram ser uma alternativa segura e efetiva para idosos com menor capacidade de esforço. Conclusão: Ambos os tipos de programas mostraram-se benéficos para idosos com DPOC, mas a intensidade do exercício deve ser adaptada de acordo com a capacidade individual do paciente para garantir segurança e adesão ao tratamento. A personalização dos programas de reabilitação pulmonar é essencial para otimizar os benefícios e promover a continuidade do tratamento em longo prazo.
ISBN registrado: 978-65-982433-7-1
Veiculação: Digital
Revista não indexada Lion
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