Introdução: A terapia de estimulação cognitiva (TEC) é uma intervenção não farmacológica aplicada a pacientes com demência, especialmente em estágios leve a moderado, e tem ganhado atenção por seu potencial em promover ganhos cognitivos e melhorar a qualidade de vida. A demência afeta funções como a memória, linguagem e habilidades de resolução de problemas, impactando negativamente a independência e o bem-estar dos pacientes. Nesse contexto, a TEC é desenvolvida com atividades específicas que visam estimular essas áreas cognitivas, mantendo ou retardando o declínio cognitivo e promovendo bem-estar. Objetivo: Este estudo tem como objetivo avaliar a eficácia da TEC em melhorar a qualidade de vida e aspectos cognitivos de pacientes com demência leve a moderada, por meio de uma revisão sistemática, considerando a literatura científica publicada nos últimos dez anos. Metodologia: Para a revisão, foram utilizadas bases de dados como PubMed, Scopus e Cochrane, realizando uma busca abrangente por ensaios clínicos randomizados que investigassem o impacto da TEC em pacientes com demência leve a moderada. Os critérios de inclusão englobaram estudos com intervenções de TEC, grupos controle (como placebo ou cuidados habituais), e avaliação de desfechos relacionados à função cognitiva e qualidade de vida. Foram excluídos estudos que envolvessem outras terapias cognitivas ou misturassem intervenções não exclusivamente de TEC. A qualidade dos estudos foi avaliada usando ferramentas padronizadas, como a escala de Jadad, garantindo a inclusão de estudos com alta rigorosidade metodológica. Resultados: Os estudos selecionados demonstraram que a TEC promove melhorias significativas em domínios cognitivos, como memória, atenção e linguagem, além de proporcionar um efeito positivo na qualidade de vida dos pacientes. As intervenções baseadas na TEC resultaram em um progresso estatisticamente significativo quando comparadas aos grupos controle, especialmente em avaliações que utilizaram escalas padronizadas de cognição, como o Mini-Mental State Examination (MMSE) e a Alzheimer’s Disease Assessment Scale-Cognitive Subscale (ADAS-Cog). Em termos de qualidade de vida, os participantes do grupo de TEC relataram uma maior satisfação e menos sintomas depressivos e ansiosos, segundo medidas aplicadas por escalas de qualidade de vida e bem-estar. Conclusão: Em síntese, a TEC mostra-se eficaz na promoção de melhorias cognitivas e na qualidade de vida de pacientes com demência leve a moderada, evidenciando-se como uma alternativa viável e complementar no tratamento desses pacientes. A inclusão da TEC como prática clínica pode contribuir para o manejo integral da demência, melhorando tanto os sintomas cognitivos quanto o bem-estar geral dos pacientes.
ISBN registrado: 978-65-982433-7-1
Veiculação: Digital
Revista não indexada Lion
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