A fibra capilar – fonte de queratina, uma proteína bastante resistente – é descartado em grandes quantidades por salões de cabeleireiro todos os dias como se fosse um material inútil. Quando tratado de modo incorreto, pode acarretar sérios problemas como obstrução de sistemas de drenagem das grandes cidades ou emissão de gases tóxicos. Outro grave problema ambiental identificado pela pesquisa é o descarte vertiginoso do poliestireno expandido (isopor) em vias públicas, rios, lagos e mares. Com base no exposto, iniciou-se o presente trabalho que investigou a produção de um compósito alternativo denominado MDC, produzido a partir da reutilização dos materiais supracitados. A pesquisa foi dividida em quatro estágios. No primeiro, após o diagnóstico do problema realizado por meio de observações, foi realizado um levantamento bibliográfico sobre o tema. No segundo estágio, foram realizados vários testes visando a produção de placas de MDC. No terceiro estágio, seguindo os parâmetros estabelecidos na norma técnica NBR 15316-2:2014, foram investigadas as propriedades físicas das placas produzidas, através de ensaios de inchamento 24h e de resistência à flexão. No quarto estágio, visando a aplicabilidade do produto desenvolvido na pesquisa, confeccionou-se uma maleta de MDC em uma movelaria de nosso município. Os resultados obtidos através dos testes realizados foram bastante satisfatórios e atestaram a hipótese de que é possível desenvolver um compósito alternativo ao MDF, a partir da utilização da fibra capilar e do poliestireno expandido.
Comissão Organizadora
Mateus Alex Barbosa Dedê
Comissão Científica