Em nosso país, o processo de devastação de florestas e matas ciliares vem aumentando, havendo a necessidade de mediar processos de reflorestamento dessas áreas degradadas. Durante os estudos de Iniciação Científica visitamos o Laboraterra, também conhecido como Laboratório da Terra onde é praticado o método agroflorestal, permacultura, biodinâmico e está localizado às margens do Riacho das Timbaúbas, na cidade de Juazeiro do Norte-CE. Lá conhecemos as Bombas de Sementes, que é uma tecnologia social criada pelo japonês Fukuoka e assim surgiu a ideia do nosso projeto que visa lançar as bombas de sementes a fim de observar o desenvolvimento e permanência das espécies originárias das referidas bombas , estabelecendo uma comparação com mudas convencionais também fixadas no ambiente de estudo, avaliando sua eficiência. A metodologia da pesquisa foi descritiva, com abordagem de pesquisa quantitativa e qualitativa, e os procedimentos de forma experimental e bibliográfica. A etapa experimental foi realizada com oficinas de bomba de sementes, seguida da demarcação e instalação do espaço de estudo, utilizando a metodologia de Durigan (2003), que estabelece divisões de uma parcela de 10,0 x 10,0 m, dividida em lotes menores de 1,0 m. x 1,0 m com auxílio de estacas de madeira e barbante. Antes do lançamento das bombas de sementes, o solo do espaço experimental foi coletado para a realização da cromatografia do solo seguida do lançamento das espécies genéticas e respectiva identificação para monitoramento e avaliação. O processo está em andamento e sugerem evidências importantes. A realização de oficinas com crianças e adolescentes foi uma ferramenta eficiente de educação ambiental. A cromatografia do solo revelou que no ambiente avaliado há indícios de solo morto. Mas, apesar do resultado, é possível ser melhorado, ou enriquecido com gestão. Os resultados alcançados mostram uma quantidade significativa de bombas que germinaram, das espécies Angico (A. macrocarpa) e Senna reticullata, após sucessivas chuvas no ambiente, de novembro de 2021 a 3 de janeiro de 2022 com registro de chuva de 261 mm. A germinação continua a ocorrer mesmo em um ambiente degradado. Será elaborado um relatório final contendo todas as informações coletadas durante a pesquisa, bem como um mapeamento com a distribuição das espécies e seus respectivos períodos de germinação, o que constitui a relevância do projeto. Os resultados futuros deste estudo contribuirão para ampliar as fronteiras do conhecimento quanto ao alcance de dados quantitativos sobre a experiência do uso de bombas de sementes no reflorestamento de áreas degradadas.
Comissão Organizadora
Mateus Alex Barbosa Dedê
Comissão Científica