O mundo passa por diversas transformações. Das quais acabam causando efeitos no ambiente trabalhista, já que nele tratamos de relações sociais, que a todo momento são influenciadas pelos fatores sociais e políticos que as circundam. Dentro do ambiente de trabalho, essas consequências nos distanciam cada vez mais de um emprego estável e nos aproximam da precarização do trabalho. Assim como no mundo, o Brasil não se ausenta de tais influências e transformações. Redimensionadas pelo desenvolvimento do conceito do coworking, metamorfoses sociais são uma questão de extrema relevância para os novos desafios que marcam as profissões e ofícios no século XXI, em especial por conta de uma nova onda de precarização do trabalho no contexto de um mundo cada vez mais globalizado e competitivo. Dessa forma, indivíduos e organizações também impuseram novos paradigmas para sua organização e gestão. Esse novo cenário demonstra uma crescente procura por novos modelos de administração por parte das organizações, buscando minimizar custos e incrementar performance, tais como: a flexibilização da produção, a terceirização de atividades, a mudança das relações de trabalho, a valorização do desempenho e crescentes exigências sobre novos saberes. Essa nova era também fez das estruturas organizacionais do trabalho mais flexíveis e adaptáveis às mudanças aceleradas. A partir de tudo isso, uma nova sociedade do trabalho surge. Junto com ela, novas demandas dessa comunidade também se mostram necessárias e assim nasce a ideia de coworking, um espaço de trabalho mais informal e flexível, porém cheio de pequenas problemas estruturais que podem ser rearranjadas por meio de um estudo arquitetônico do lugar.
Dessa forma, a arquitetura consolida uma grande força social para compreender todos esses novos significados e unificá-los em um único espaço, tendo em vista que conhecer o espaço e seus agentes modificadores é o papel do arquiteto na sociedade. Essas novas razões que davam luz e bateria aos espaços de coworking estavam sendo muito bem compreendidas até os últimos anos, muitas pesquisas e estudos se debruçaram para entender todas essas novas necessidades. Porém a maioria deles não cogitou pensar nas possíveis dificuldades que esse novo mundo poderia trazer, já que se tornou e continua se tornando cada vez mais complexo. Por conta disso, esse trabalho ganha uma grande função social por procurar, através de retornos históricos e sociais, a necessidade de um ambiente que possibilite mais conexões e produtividade para seus sujeitos. Em outras palavras, ele busca pela humanização da arquitetura.
Comissão Organizadora
Mateus Alex Barbosa Dedê
Comissão Científica