A microbiota bucal é rica em microrganismos como bactérias, fungos e vírus. É de extrema importância que ocorra o controle populacional destes microrganismos, em especial as bactérias, para evitar no futuro, o desenvolvimento de patologias como a cárie, doença periodontal e doenças pulpares. Uma opção no controle destes microrganismos é a utilização de antissépticos bucais. A pitanga (Eugenia uniflora L.) é um fruto muito apreciado no Brasil. Estudos têm relatado a atividade antimicrobiana de extratos e óleos essenciais tanto das folhas como dos frutos da pitanga contra diversos micro-organismos de grande importância médica. Como a clorexidina não pode ser utilizada por longos períodos de tempo e o triclosan pode desencadear distúrbios endócrinos e de fertilidade, seria interessante encontrar substâncias antissépticas alternativas para compor formulações antissépticas bucais. Além disso, a utilização de um extrato natural de uma planta, apresenta vantagens como as de ser biodegradável e renovável. Assim, o objetivo principal deste trabalho foi desenvolver um enxaguatório bucal contendo extrato hidroalcóolico de Pitanga (Eugenia Uniflora L.). Para isso, foi realizado o teste de difusão em ágar com referido extrato contra Streptococcus mutans e Enterococcus faecalis. Após, foi encontrada a concentração inibitória mínima do extrato contra os microrganismos testados. Com os resultados obtidos, foram feitas 3 formulações diferentes para serem testadas em relação as suas atividades antimicrobianas, citotoxicidades, estabilidades e percepções sensoriais. No momento os referidos testes estão sendo realizados. Assim podemos concluir que o extrato de pitanga é um componente promissor na formulação de um enxaguatório bucal eficiente contra S. mutans e E. faecalis.
Comissão Organizadora
Mateus Alex Barbosa Dedê
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