A pecuária é uma das principais cadeias que compõe o agronegócio brasileiro, tanto em termos numéricos como também sua importância para o país. Apesar dessa grande importância, há alguns fatores que diminuem essa rentabilidade e posteriormente a qualidade dos produtos que chegaram até nós. Nesse caso, o carrapato e principalmente, o Rhipicephalus (Boophilus) microplus, que é um tipo de parasita que se adaptou muito bem ao clima dos países tropicais, como o Brasil, o calor e umidade favorecem a proliferação e manutenção da espécie. Por ser o responsável por grandes prejuízos associados a pecuária bovina nacional, os produtores de gado, normalmente, utilizam fármacos químicos para o controle dos carrapatos, causando problemas ambientais, sociais e afetando a qualidade dos produtos. A metodologia usada foi o teste por imersão de teleóginas, biocarrapaticidograma, no qual foi testada a ação in vitro dos extratos das plantas medicinais Arruda (Ruta graveolens) e Neem (Azadirachta Indica) em teleóginas do carrapato Rhipicephalus (Boophilus) microplus. Com base nos dados do teste in vitro, os extratos de neem a 50 % e a junção dos extratos de arruda e neem a 75%, foram os mais promissores, tendo uma eficiência de 95% no controle dos parasitas. A utilização de produtos naturais e o controle biológico no combate aos carrapatos apresentam maiores seguranças, baixos custos, boa eficácia, nenhum dano ao ecossistema e à saúde humana. Desta forma, foi possível desenvolver neste projeto um produto a base do extrato de arruda e neem, um biocarrapaticida, ao qual foi chamado de BIOVETEX.
Comissão Organizadora
Mateus Alex Barbosa Dedê
Comissão Científica