Dados da International Diabetes Federation (IDF) relatam um aumento global contínuo na prevalência de diabetes, confirmando esta doença como um desafio mundial significativo para a saúde e o bem-estar de indivíduos, famílias e sociedades. Desta forma, o aproveitamento integral, assim como o reaproveitamento de resíduos e de subprodutos de alimentos é um grande desafio para as indústrias alimentícias no intuito de auxiliar na alimentação de pessoas com diabetes. Sendo assim, esta pesquisa tem como objetivo a elaboração de alimentos, bem como formular e divulgar receitas alimentares utilizando a farinha proveniente do resíduo agroindustrial da casca de Mangostão (Garcinia mangostona L.) com vistas a sua aplicação como suplemento no setor de alimentos para atender pessoas com diabetes. Após análises biométricas e físico-químicas para determinação da acidez, atividade de água, teor de lipídeos, carboidratos, fibras e valor nutricional da farinha da casca do mangostão os resultados demonstraram uma farinha com atividade de água, pH e umidade de boa estabilidade microbiológica e dentro dos padrões estabelecidos pela legislação brasileira. A composição nutricional dessa matéria-prima também demonstrou um produto rico em carboidratos, lipídeos, fibras e proteínas. Sendo assim, a partir da farinha processada foram produzidos alimentos e uma cartilha alimentar com alimentos, tais como: cookies, bolos, pães, entre outros produtos demostrando que a farinha processada a partir da casca do mangostão pode ser utilizada como alternativa e complementação na alimentação de pessoas com diabetes. Desta forma, o projeto tem potencial para transformar a cidade e região em um centro de referência e auxiliar no tratamento da diabetes mellitus a partir da busca por uma boa alimentação. Além de poder incentivar uma geração de jovens pioneiros e inovadores com foco na sustentabilidade e visão empreendedora, causando grandes impactos na comunidade escolar e local que visam o pensamento no futuro, bem como o cultivo do desenvolvimento sustentável. Além disso é importante destacar que o projeto encontra-se em consonância com a política dos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) da ONU na classe 3 (Boa saúde e bem-estar) e 12 (Consumo e produção responsáveis), aos quais visam viabilizar a produção de alimentos a base da farinha do mangostão, no intuito de propor um novo método para auxiliar a na dieta de pessoas com Diabetes mellitus.
Comissão Organizadora
Mateus Alex Barbosa Dedê
Comissão Científica