SECAGEM DE ORA-PRO-NÓBIS MODELADA POR DCC: MAXIMIZAÇÃO DE FENÓLICOS PARA INSUMOS FITOTERÁPICOS

SECAGEM DE ORA-PRO-NÓBIS MODELADA POR DCC: MAXIMIZAÇÃO DE FENÓLICOS PARA INSUMOS FITOTERÁPICOS

• Autor
• Paulo Vitor Nunes da Costa de Souza
• Co-autores
• Luiza da Silva Lima , Mariana Roma Vieira da Silva , Fabiana Casarin , Silvia Keli de Barros Alcanfôr
• Resumo

• Devido às altas concentrações de fenólicos e suas atividades antioxidantes, antiinflamatórias e antimicrobianas, plantas como ora-pro-nóbis são de interesse industrial. Porém, a alta umidade dessas plantas impõe um desafio à secagem: métodos inadequados aceleram a degradação dos compostos bioativos. Conforme Jordan et al, (2021)1 manter a temperatura controlada é decisivo para evitar perdas, sobretudo dos fenólicos, principal fração bioativa de interesse. Assim, o presente estudo tem por objetivo otimizar a secagem preservando o maior espectro possível de fitoquímicos. Neste trabalho, empregaram-se duas etapas experimentais no software Protimiza, primeiramente, efetuou-se uma triagem fatorial, combinando Tipo de Estufa (com ou sem circulação de ar), Temperatura (40 e 90°C), Tempo de Secagem (6 e 24h) e Estado da Amostra (folhas inteiras ou trituradas). O Estado da Amostra não se mostrou significativo (p>0,05) e foi fixado em folhas inteiras. Em seguida, aplicou-se um Delineamento Composto Central (DCC) 2³ rotacionado, aferindo apenas os demais fatores. Para cada ensaio, 2g de folhas frescas foram secas; cerca de 0,030g foram extraídos com 1,5 mL de etanol:água 60:40 (v/v), concentração de 20 mg mL. Após ultrassom (20min, 25°C) e filtrado, retirou-se 200 µL da amostra para a determinação por espectrofotometria UVVis, método padrão para insumos fitoterápicos (absorbância registrada a 765nm), expressando-se o resultado em A significância dos efeitos principais e interações foi avaliada por ANOVA (alfa=0,05), e o modelo quadrático foi validado pelo teste de falta de ajuste. O tipo de estufa apresentou o maior efeito positivo isolado; a temperatura tornou-se significativa apenas em interação com a circulação de ar (p<0,05) e o tempo manteve-se relevante pela forte interação Estufa × Temperatura. As superfícies de resposta indicaram que estufas ventiladas operando entre 80 e 90 °C por 6h otimizaram os fenólicos totais, elevando-os em 28% frente ao protocolo padrão do Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira2. O modelo exibiu R² ajustado=0,943 e ausência de falta de ajuste (p>0,05), confirmando a robustez preditiva. Secar ora-pro-nóbis em estufa com circulação de ar a 85–90 °C por 6 h configura a condição ótima, reduzindo o consumo de energia em 37% e elevando a função bioativa das folhas.O método é tecnicamente sólido e economicamente viável para aplicação industrial, fornecendo insumos fitoterápicos padronizados com alto teor de fenólicos. 

• Palavras-chave
• ora-pro-nóbis; fitoterápicos; planejamento experimental; secagem; compostos bioativos.
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• Pesquisa e Inovação em Produtos Naturais e Fitoterápicos;.

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