Resumo Simples
O trabalho investiga a oralitura omo conceito cunhado por Leda Maria Martins como prática cultural dinâmica e ferramenta de resistência em comunidades tradicionais brasileiras e sobretudo sobre o apagamento colonial das culturas orais. O estudo problematiza a hierarquia que privilegia a escrita, destacando como a oralitura preserva saberes ancestrais através da performance (corpo, voz e gesto) e da memória coletiva. Objetiva-se, em analisar a adaptação da oralitura em contextos rurais e pós-coloniais; e discutir seu papel na decolonialidade, ampliando vozes subalternas; e propor diálogos entre oralidade e escrita na literatura contemporânea. O referencial teórico integra Martins oralitura como ato político, Vansina tradição oral africana e Bakhtin dialogismo, além de exemplos literários como Conceição Evaristo e Guimarães Rosa. Metodologicamente, combinam-se análise crítica de narrativas orais, revisão bibliográfica e estudo de performances em comunidades indígenas e afro-brasileiras. Resultados preliminares revelam que a oralitura não apenas ressignifica tradições, mas também desafia cânones acadêmicos, oferecendo um modelo epistemológico inclusivo. A pesquisa reforça a urgência de valorizar práticas orais como estratégia de resistência e reexistência em projetos decoloniais.
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XV Congresso Nacional de Pesquisa em Educação: "ED
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