Documentos afirmam que as crianças têm desenvolvido um dos problemas de saúde pública mais preocupantes: a obesidade infantil. Nesse contexto, considera-se que a escola constitui um ambiente favorável para a promoção de hábitos saudáveis entre crianças e adolescentes, mas a falta de conhecimento por parte dos profissionais da educação torna-se um obstáculo a ser enfrentado. Assim, o presente estudo teve como objetivo analisar os fatores referentes à prevalência da obesidade infantil que apresentou um aumento nos últimos anos, acarretando outros problemas de saúde na infância. Metodologicamente, trata-se de um estudo de campo realizado em 80 escolas de educação infantil da rede municipal de ensino da cidade de Montes Claros-MG com a participação de 578 professores de educação infantil. Para a obtenção de dados foi utilizado um questionário contendo perguntas sobre os docentes e sobre a prática de atividades físicas pelas crianças. Os resultados obtidos por meio deste procedimento apontam que, no grupo de profissionais pesquisados, 99,72% são do sexo feminino; 44,58% têm entre 40 e 49 anos; 54,39% têm ? 11 anos de experiência e 80,23% possuem ensino superior. Em relação ao preparo profissional quanto à atividade física na escola 70,11% não fizeram quaisquer cursos sobre movimento e/ou atividade física e 29,89% participaram desse tipo de curso. Constatou-se, por meio do desenvolvimento do estudo, que os professores têm consciência de que as crianças devem praticar exercícios a fim de prevenir a obesidade, contudo não oferecem esse tipo de atividade no cotiando escolar. Há, pois, uma estreita relação entre a carência da prática de atividade física e os conhecimentos dos docentes sobre obesidade infantil.
Comissão Organizadora
XV Congresso Nacional de Pesquisa em Educação: "ED
Comissão Científica