A educação brasileira, historicamente marcada por desigualdades, sofreu transformações profundas a partir dos anos 1980, impulsionadas pela influência de organismos internacionais como o Banco Mundial. Este relato de experiência parte da necessidade de analisar criticamente essa influência nas políticas educacionais nacionais. O problema norteador questiona: de que maneira o Banco Mundial impactou as políticas educacionais brasileiras, especialmente no tocante à concepção da educação como direito social? O objetivo principal foi compreender como essas diretrizes afetaram a formação crítica dos estudantes. A metodologia envolveu revisão bibliográfica e análise crítica de documentos, amparada em Pereira e Pronko (2014), Freire (1996), Apple (2003), Saviani (2008), Gentili (1995) e Torres (2001). A fundamentação teórica aponta que o Banco Mundial promoveu a concepção da educação como instrumento de formação de mão de obra para o mercado, em detrimento da formação cidadã, numa lógica neoliberal criticada por autores como Freire e Apple. A prática evidenciou que, embora tenham ocorrido avanços administrativos e de cobertura educacional, consolidou-se uma tendência à tecnificação do ensino, priorizando indicadores e avaliações padronizadas, como observado também por Saviani. A relevância da experiência está na necessidade de resistência crítica frente às reformas que reduzem o papel emancipador da educação, reafirmando-a como direito humano fundamental, como defendem Gentili e Torres. A reflexão suscitada contribui para o fortalecimento de projetos educativos democráticos, sociais e críticos, alinhados aos princípios de uma educação pública e emancipadora.
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XV Congresso Nacional de Pesquisa em Educação: "ED
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