A reforma do Ensino Médio (EM), instituída pela Lei nº 13.415/2017, trouxe impactos significativos tanto na estrutura curricular quanto nas condições de trabalho dos professores, especialmente os de Língua Inglesa (LI). Essa pesquisa, portanto, parte da necessidade de se analisar as consequências dessa reforma para o ensino da LI em escolas públicas. O principal objetivo é investigar como a redução da carga horária de LI e a implementação dos itinerários formativos afetaram o trabalho docente e a aprendizagem dos estudantes. Teoricamente, fundamenta-se em autores como Souza e Alencar (2024) e Perossi (apud Cássio, 2024), que apontam as contradições entre as diretrizes da reforma e a realidade educacional brasileira. Metodologicamente, a pesquisa adota uma abordagem qualitativa, realizando revisão bibliográfica e análise documental de legislações, como a Base Nacional Comum Curricular (Brasil, 2018) e a própria Lei nº 13.415/2017. Os resultados parciais indicam que a diminuição do tempo dedicado ao ensino de LI prejudica a aquisição da língua e agrava desigualdades educacionais. Além disso, a insuficiência de infraestrutura para a aplicação plena dos itinerários formativos impõe aos professores a tarefa de ministrar conteúdos para os quais, muitas vezes, não têm formação específica. A contradição entre a exigência de competências globais previstas na BNCC e a realidade da prática escolar evidencia a necessidade de reavaliar a reforma e essa investigação destaca a relevância social da pesquisa ao expor os desafios enfrentados na construção de uma educação pública de qualidade, crítica e inclusiva, especialmente em um cenário em que o domínio da LI é vital para a inserção dos jovens no mercado de trabalho globalizado. Assim, repensar a política educacional vigente é fundamental para garantir o direito à educação equitativa e para superar as barreiras impostas pelas desigualdades históricas.
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XV Congresso Nacional de Pesquisa em Educação: "ED
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