UMA PRÁTICA LÚDICA PARA O ENSINO DE FRAÇÕES NA RETA NUMÉRICA
Resumo – Relato de Experiência
Este relato apresenta a prática pedagógica "Entrega de Frações", realizada com turmas do 6º ano da Escola Estadual Monsenhor Gustavo, com o objetivo de favorecer a compreensão de frações por meio de uma atividade lúdica e interativa. Fundamentada em concepções construtivistas e na BNCC, a proposta estimulou o raciocínio lógico, a cooperação entre pares e a aprendizagem significativa. Os resultados evidenciaram que a ludicidade promove maior engajamento, argumentação e assimilação dos conceitos, reforçando a importância de metodologias inovadoras no ensino de Matemática.
Contextualização e justificativa da prática desenvolvida
O ensino de frações, reconhecido como um desafio no Ensino Fundamental, motivou a criação da prática lúdica "Entrega de Frações", aplicada em turmas do 6º ano para promover a compreensão dos conceitos por meio de um jogo que estimula a participação ativa e a aprendizagem colaborativa.
Problema norteador e objetivos
A atividade teve como objetivos: (1) desenvolver a compreensão da fração como parte de um todo; (2) possibilitar aos alunos a identificação e localização de frações na reta numérica; (3) estabelecer conexões entre as representações fracionária e decimal; e (4) estimular o raciocínio lógico e a capacidade de estimativa por meio de uma abordagem lúdica.
Procedimentos e/ou estratégias metodológicas
A metodologia adotou uma abordagem prática e interativa por meio da atividade "Entrega de Frações", na qual os alunos, em duplas, simularam entregadores dos Correios e posicionaram frações em uma reta numérica desenhada no quadro. A proposta proporcionou uma experiência imersiva no aprendizado, utilizando materiais simples como folhas impressas, quadro branco e pincéis.
Fundamentação teórica que sustentou/sustenta a prática desenvolvida
A prática baseou-se no construtivismo, especialmente nas ideias de Piaget (1971), ao valorizar a experiência concreta para o desenvolvimento do raciocínio lógico-matemático. Também seguiu as orientações da BNCC, com ênfase na habilidade EF06MA06, que trata da representação de frações na reta numérica. O uso de atividades lúdicas foi respaldado por Kishimoto (1994), que destaca o jogo como recurso pedagógico para aprendizagens significativas.
Resultados da prática
A maioria dos alunos conseguiu posicionar corretamente as frações na reta numérica, demonstrando progresso na assimilação do conteúdo. A participação foi ativa, as duplas interagiram de maneira colaborativa, tornando o ambiente de aprendizagem mais envolvente e estimulante. Observou-se uma melhora na argumentação dos estudantes ao justificarem suas escolhas e posicionamentos durante o jogo, evidenciando uma aprendizagem significativa.
Relevância social da experiência para o contexto/público destinado e para a educação e relações com o eixo temático do COPED
A prática tornou o ensino de Matemática, nesse contexto, mais inclusivo e acessível ao integrar ludicidade e interação entre pares, favorecendo a construção de conceitos no 6º ano e alinhando-se ao eixo do COPED, que valoriza abordagens pedagógicas inovadoras no Ensino Fundamental.
Considerações finais
A prática "Entrega de Frações" mostrou-se com potencial para diversificar o ensino de frações e reta numérica ao aliar ludicidade, protagonismo estudantil e interação. Recomenda-se sua replicação em outras turmas, bem como adaptações para abordar números decimais e porcentagens, ampliando as possibilidades de aprendizagem ativa em Matemática.
Referências
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018.
KISHIMOTO, Tizuko Morchida. O jogo e a educação infantil. São Paulo: Pioneira, 1994.
PIAGET, Jean. A formação do símbolo na criança: imitação, jogo e sonho, imagem e representação. Rio de Janeiro: LTC, 1971.
Comissão Organizadora
XV Congresso Nacional de Pesquisa em Educação: "ED
Comissão Científica