Resumo – Relato de Experiência
Este resumo refere-se ao estudo do texto “Escolas Seguras, Sexualidade, Educação Crítica”, das autoras Lisa W Loutzenheiser e Shannon D. M Moore, do livro “Educação Crítica, análise internacional” dos autores Michael W. Apple, Wayne Au, Luís Armando Gandi, com tradução de Vinícius Figueira, apresentado na disciplina Currículos e Formação de Professores.
Contextualização e justificativa da prática desenvolvida
Ao aprofundar o estudo sobre o tema foi possível perceber o quanto ainda as escolas não estão preparadas para acolher os jovens LGBTQI+ e discutir a sexualidade. A discussão proporcionou reflexões sobre o número significativo de jovens que sofrem preconceitos dentro do ambiente escolar, sendo muitas vezes vítimas de discriminação e violência.
Problema norteador e objetivos
A partir de um estudo realizado no Estado de Massachusetts, que expôs o alto índice de jovens, gays ou lésbicas, que vivenciavam um ambiente escolar hostil, foram criados programas e políticas públicas em defesa de escolas seguras. No Brasil, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que as escolas públicas e privadas têm a obrigação de combater toda a forma de discriminação seja por gênero ou por orientação sexual. E tem como objetivo conscientizar a sociedade e os profissionais da escola da importância de discutir sobre o tema, acolhimento, cuidado e respeito aos jovens LGBTQI+.
Procedimentos e/ou estratégias metodológicas
A apresentação do Workshop foi realizada de forma online pelos mestrandos da turma 2024 do PPGE - Unimontes. A atividade trouxe discussões importantes, como: a importância do olhar atento de todos os profissionais da escola e sociedade para intolerância de gênero e de sexualidade, e que essa discussão não deve ser silenciada no contexto escolar.
Fundamentação teórica que sustentou/sustenta a prática desenvolvida
A discriminação e a intolerância sistêmica enfrentadas por estudantes LGBTQI+ intensificam suas dores, pois reforçam a ideia de que há algo errado ou diferente com sua identidade. Essa percepção negativa é alimentada pelo silêncio dos professores, que muitas vezes não abordam o tema, e também, pelos julgamentos da sociedade.
Conforme as autoras Lisa W Loutzenheiser e Shannon D. M Moore (2011), o capítulo estudado analisa recomendações e propostas contemporâneas de escolas seguras, como a construção de um currículo anti-homofóbico e competência cívica.
Resultados da prática
Concluímos que a ausência de diálogo e de ações concretas contribui para que a discriminação continue sendo naturalizada e invisibilizada, dificultando a compreensão e o combate à homofobia.
Relevância social da experiência para o contexto/público destinado e para a educação e relações com o eixo temático do COPED
A escola como espaço social, deve promover debates envolvendo toda comunidade escolar, com o objetivo desconstruir preconceitos e violências. Dessa forma, contribui para a formação de cidadãos conscientes, críticos e sem preconceitos, capazes de construir uma sociedade que respeite a diversidade.
Considerações finais
A leitura e apresentação sobre o tema “Escolas Seguras, Sexualidades e Educação Crítica”, nos levam a compreender que, para a construção de uma sociedade justa e sem preconceitos, é necessário promover leituras críticas e desconstrutivas e discussões curriculares contínuas sobre o papel do poder e do privilegio na cultura.
Referências
Loutzenheiser, Lisa W; Moore, Shannon D. M. Escolas Seguras, Sexualidades e Educação Crítica. In.: APLLE Michael W; AU, Wayne. Educação Crítica, análise internacional, tradução Vinícius Figueira. GANDIN, Luís Armando (org.). Porto Alegre, RS, Editora: Artmed, 2011.
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XV Congresso Nacional de Pesquisa em Educação: "ED
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