Contextualização e justificativa
A experiência relatada apresenta a atuação de uma estagiária em 2022 com um aluno do 4º ano com deficiência intelectual (DI) moderada, em uma escola pública. A pesquisa justifica-se devido o aluno ainda não ter adquirido habilidades básicas de leitura e escrita, em desacordo com a BNCC e a LDB 9.394/96 que preveem a alfabetização até o 2º ano do Ensino Fundamental.
Problema norteador e objetivo
Conforme o UNICEF, o analfabetismo entre crianças de 8 anos subiu de 8,5% para 20,8% entre 2019 a 2022. Nesse contexto, o estudo visou apresentar o processo de alfabetização de um aluno com DI moderada em uma escola pública, à luz das legislações educacionais.
Procedimentos metodológicos
Adotou-se a metodologia qualitativa, através do relato de experiência vivenciado em um estágio em Educação Especial, e o embasamento teórico bibliográfico e documental.
Fundamentação teórica que sustenta a prática desenvolvida
A pesquisa fundamentou-se em Soares (2020), que destaca o texto na alfabetização; Vygotsky (1991), com a Teoria Histórico-Cultural e a Zona de Desenvolvimento Proximal; e Freire (2020), crítico da educação bancária e defensor do protagonismo do aluno. Além de Rodrigues (2008), que vê a inclusão como acolhimento das diferenças e valorização das potencialidades individuais.
Resultado da prática e relevância social da experiência
Durante o processo, o método alfabético mostrou-se insuficiente às necessidades do aluno, evidenciando a importância de práticas contextualizadas que integrem leitura e escrita, valorizem os saberes dos estudantes e rompam com a lógica da educação bancária (Freire, 2020).
Relevância social da experiência e relações com o eixo temático do COPED
O relato se insere no eixo temático "alfabetização, letramento e outras linguagens" ao abordar uma prática pedagógica inclusiva voltada à alfabetização de um estudante com deficiência intelectual, destacando a importância do direito à aprendizagem para todos.
Considerações finais
O relato descreve o processo tardio de alfabetização de uma criança com DI, destacando a importância de práticas pedagógicas contextualizadas. Embora não tenha alcançado a alfabetização plena ao final do 4º ano, houve avanços significativos. A experiência evidenciou a necessidade de adaptações específicas e de políticas educacionais que respeitem as realidades escolares.
Comissão Organizadora
XV Congresso Nacional de Pesquisa em Educação: "ED
Comissão Científica