As tendências para o ensino da Matemática – Etnomatemática e Modelagem – surgiram no começo da década de 1970, dada a necessidade de um ensino que valorizasse o saber cultural dos estudantes juntamente com o saber acadêmico. A Etnomatemática é constituída por diferentes formas que as pessoas têm de pensar, utilizar e questionar a matemática dentro das condições e ambientes em que vivem, e a Modelagem como uma alternativa para os processos de ensino e aprendizagem na Matemática, conectados com a realidade, promovendo o estudo dos conceitos abstratos a partir do mundo concreto. Este estudo pautado por uma breve revisão de literatura e pela realização de entrevistas com três professoras dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, apresenta reflexões realizadas nas aulas da disciplina Fundamentos e Metodologia da Matemática I, do 4 º período do Curso de Pedagogia, Campus Brasília de Minas. O objetivo principal foi analisar como a Etnomatemática e a Modelagem contribuem para a construção do conhecimento matemático, bem como para a resolução de situações-problemas. A sociedade se encontra em constante mudanças, sendo a Matemática essencial na vida dos indivíduos, por isso seu ensino não pode ser superficial, com atividades prontas e respostas pré-estabelecidas, nas quais os alunos não são estimulados a pensar e resolver questões do seu cotidiano. Com isso, ao se dedicar a ensinar por meio da Etnomatemática e da Modelagem, os professores buscam no contexto social dos alunos questões que os prepare a participar ativamente das atividades e responder, de forma crítica, aos problemas vivenciados na sociedade. Portanto, a abordagem dos processos de ensino e aprendizagem da Matemática por meio dessas tendências nas salas de aula, é de fundamental importância, pois como afirma Zorzan (2007, p. 84) “o ensino da matemática, nesse enfoque, permite aos sujeitos a amplitude de relações e construções matemáticas aplicáveis às mais variadas situações da vida cotidiana”. Por meio de nossa pesquisa concluímos que essas tendências são pouco utilizadas nas escolas. Os professores buscam realizar atividades que estimulem a criatividade dos alunos, porém devido à falta de materiais didáticos e capacitações frequentes, ainda não acontece, efetivamente, um ensino exploratório e participativo nas salas de aula.
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