Este trabalho investiga o uso da pintura como meio de expressão e inclusão para estudantes com Trissomia do Cromossomo 21 (T21). A proposta partiu da realização de uma oficina de pintura na Fundação Clarice Albuquerque – Vovó Clarice, em Montes Claros, MG, onde os participantes foram incentivados a desenvolver uma linguagem própria, superando as limitações da comunicação verbal. Fundamentado em uma base teórica de autores nacionais importantes – como Freire, Mantoan, Libâneo, Pires, Lima, Almeida e Rocha – o estudo reafirma a necessidade de práticas pedagógicas inclusivas que rompam com paradigmas excludentes e valorizem a expressividade, a autonomia e a formação integral dos alunos.
A metodologia adotada envolveu a observação de aulas regulares na instituição e a realização de sessões experimentais de pintura, nas quais foram coletados dados e registros das produções artísticas dos estudantes. A análise dos resultados revelou que a atividade não apenas estimula a criatividade e a construção de uma linguagem visual própria, mas também contribui para o fortalecimento da autoestima e o desenvolvimento de uma identidade autônoma. Dessa forma, a prática artística se apresenta como uma poderosa ferramenta para a democratização do ensino, permitindo que os alunos assumam um papel mais ativo e crítico em seu processo de aprendizagem.
Em síntese, o trabalho demonstra que a integração da arte ao ambiente escolar promove não só o desenvolvimento de múltiplas inteligências, mas também favorece a inserção social e a valorização da diversidade, reafirmando o papel transformador da educação inclusiva.
Comissão Organizadora
XV Congresso Nacional de Pesquisa em Educação: "ED
Comissão Científica