Resumo Simples
Este trabalho aborda os desafios enfrentados pelas escolas na construção de uma educação de qualidade do ensino, mediante sua organização e administração escolar. Nesse aspecto, torna-se essencial repensar qual o modelo de gestão a ser adotado pela instituição de ensino quanto à inovação de suas práticas formativas na Educação Básica. Muitas delas seguem ainda estruturas burocráticas e hierarquizadas, com pouca abertura ao diálogo e à participação coletiva. O problema central investigado neste trabalho trata-se da permanência de práticas gestoras tradicionais que dificultam a integração entre os diferentes segmentos da comunidade escolar. A partir da leitura do texto de Alonso (2004) nas aulas da disciplina: Gestão na Educação (ênfase em espaços escolares e não escolares), pudemos refletir se refletir sobre a importância de uma gestão escolar democrático-participativa, através da vivência prática em escolas públicas, por meio de observações de estágios e do programa de formação de professores, como a iniciação à docência do PIBID. Nesse sentido, o objetivo do estudo culminou então em analisar como ocorre a integração entre atividades-fim [pedagógicas, educacionais] e atividades meio [administrativas], aliada a isso percebe-se que a participação efetiva da comunidade escolar nessas atividades tende inovar a gestão escolar para ações voltadas para cumprir, de forma proficiente, os fins educacionais. Os resultados apontam que, apesar de algumas tentativas de envolvimento da comunidade escolar, a participação ainda ocorre de forma pontual e restrita a eventos e reuniões. Para tornar a gestão mais participativa, sugere-se o uso de tecnologias digitais, a criação de espaços de escuta ativa, como conselhos escolares. Considera-se que se torna necessário adotar práticas de participação social no âmbito da escola, através dos conselhos escolares, do planejamento coletivo e uso estratégico das tecnologias, para que a gestão escolar contribua, de fato, para uma educação significativa, democrática e de qualidade social. Além disso, torna-se relevante promover ações que estimulem o desenvolvimento de uma cultura organizacional da escola, por meio de diálogos que podem estar presentes entre os segmentos da comunidade, fortalecendo, assim, o sentimento de seus atores de pertencimento à escola. Destarte, foi possível, a partir das observações de estágio e do PIBID, refletir, de forma compreensiva, as inovações da gestão nos espaços escolares, por intermédio da valorização da participação coletiva e o rompimento com práticas autoritárias, no intuito de construir esses ambientes mais humanos, inovadores e comprometidos com a aprendizagem significativa dos estudantes nas etapas de ensino da Educação Básica.
Referências
ALONSO, M. Gestão escolar: revendo conceitos. São Paulo, PUC-SP, 2004.