A presença crescente de diferentes identidades culturais, étnicas e linguísticas no ambiente escolar brasileiro impõe à educação básica o desafio de garantir o direito à aprendizagem com equidade e respeito às diferenças. O problema central deste estudo é compreender como a literatura científica e doutrinária tem abordado a formação docente e as práticas pedagógicas no enfrentamento das desigualdades e da exclusão simbólica de alunos oriundos de diferentes contextos culturais. O objetivo da pesquisa é mapear, por meio da abordagem qualitativa e do método bibliográfico, as principais contribuições teóricas e evidências empíricas que discutem o papel da escola e do professor frente à diversidade. A base teórica está ancorada em autores como Candau (2011), que discute a educação intercultural como caminho para o reconhecimento da pluralidade, Santos Et. Al (2022) e Gomes (2017), que propõe uma pedagogia antirracista. A metodologia consistiu na análise de artigos científicos publicados nos últimos dez anos em periódicos qualificados pela CAPES, além de obras doutrinárias de referência em educação e diversidade. A análise revelou que, embora haja avanços em políticas educacionais como a Lei 10.639/2003 e a BNCC, persistem lacunas na formação docente e na efetivação de práticas que contemplem saberes de povos indígenas, quilombolas e imigrantes. A ausência de formação continuada específica e o predomínio de currículos eurocentrados são apontados como obstáculos recorrentes (Silva et al, 2025). O estudo evidencia a importância de uma educação que reconheça e valorize os saberes plurais, contribuindo para o enfrentamento do preconceito e da exclusão. Inserido no eixo “Educação e Diversidade”, este trabalho destaca a relevância de práticas pedagógicas inclusivas na promoção da justiça social e da cidadania, reafirmando o compromisso da escola com uma educação democrática e transformadora.
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XV Congresso Nacional de Pesquisa em Educação: "ED
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