MULHERES NA EDUCAÇÃO FÍSICA UNIVERSITÁRIA NA ARGENTINA E NO BRASIL: HISTÓRIAS INTERSETORIAIS

  • Autor
  • Virginia Asteggiano
  • Co-autores
  • Ileana Wenetz , Ivana Rivero
  • Resumo
  • Este plano de trabalho se propõe a investigar -em linhas interseccionais (Ahmed, 2020) -, a conexão entre pesquisa, ensino e práticas corporais em Educação Física realizadas por mulheres. Interseccionalidade entendida como uma perspectiva e abordagem epistemológica, em relação às várias maneiras pelas quais raça e gênero interagem para moldar múltiplas dimensões da experiência (Crenshaw,1991). Este projeto tem como objetivo compreender especificidades da participação de mulheres nos processos de legitimação da Educação Física no ambiente universitário no Brasil e na Argentina, e como esses processos passaram por diferentes tendências em cada país. O trabalho científico/acadêmico pensado não apenas em termos de produtividade, mas também como uma prática que gera emoções, e sensações nas configurações cotidianas. A autora Ahmed, em seu livro “A política cultural das emoções”, argumenta que: “as emoções nos mostram como o poder molda a própria superfície dos corpos e dos mundos também” (2015: 38). Nas últimas décadas, as discussões de/sobre gênero nos diversos campos disciplinares e suas áreas temáticas tornaram-se relevantes e foram colocadas em pauta. Se olharmos para a genealogia da Educação Física, podemos identificar uma origem e predominância do gênero masculino tanto nas práticas corporais quanto no ensino e na pesquisa e essas sensibilidades construídas nos processos de estruturação social,“(...)pensar nessa ordem corporal de gênero como parte de um processo histórico-social é tentar desvendar o quanto de arbitrariedade existe na posição que mulheres e homens ocupam na sociedade e qual o papel que as instituições educacionais têm a desempenhar” (Scharagrodsky, 2001:142). Sob essa perspectiva, a Educação Física como disciplina e ciência tem desempenhado um papel crucial na compreensão dessa dinâmica e dos espaços que as mulheres têm ocupado no campo científico/acadêmico. A partir da perspectiva aqui defendida, a conexão entre mulheres e investigação, ligadas não em termos de mediação, mas como formas de ser, pertencer e estar no mundo acadêmico/científico. Nesta pesquisa, utilizamos uma metodologia mista (Valenzuela e Flores, 2012) com um abordagem comparativo que nos permitirá identificar semelhanças/diferenças nos processos de inserção, reconhecimento e acesso em Educação Física, por meio de entrevistas de história oral em mulheres (Macedo, Berté, Goellner, 2016).

  • Palavras-chave
  • Mulheres, Educação Física, História
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • História da Educação
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