ARTE/EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA: REFLEXÕES SOBRE O PROJETO “CORES PELA IGUALDADE”

  • Autor
  • Eduardo Junio Santos Moura
  • Resumo
  • O projeto “Cores Pela Igualdade” integra a pesquisa “Arte/Educação Decolonial: Enfrentamento e Superação das Desigualdades Étnico-Raciais e de Gênero em Escolas de Educação Básica”, desenvolvido pela Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) em parceria com escolas da Rede Pública Estadual de Minas Gerais, em Montes Claros (MG), com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG). Este estudo analisa aspectos teórico-práticos presentes no desenvolvimento do projeto, com foco nas ações pedagógicas em Arte/Educação voltadas para as relações étnico-raciais. A investigação parte da seguinte questão central: Quais aspectos teórico-práticos emergem nas ações artístico-educacionais do projeto “Cores Pela Igualdade”?, com o objetivo de examinar esses elementos no contexto das atividades realizadas. Metodologicamente, a pesquisa assume um caráter qualitativo, incorporando características da pesquisa-ação, além de procedimentos como revisão bibliográfica, análise de imagens, formação docente (inicial e continuada) e planejamento de práticas pedagógicas antirracistas. O recorte apresentado concentra-se nas ações desenvolvidas entre os semestres 2-2024 e 1-2025. O referencial teórico dialoga com o marco legal para a Educação das relações étnico-raciais no Brasil (2008) e com autores/as como: Ana Mae Barbosa (1998), que aborda a formação de consciências cidadãs descolonizadas pela Arte/Educação; Nilma Lino Gomes (2005), com suas reflexões sobre questões étnico-raciais na Educação; Paulo Freire (2005; 2014), cujo pensamento inspira a indignação crítica frente às injustiças, desigualdades e inequidades sociais. Além disso, o trabalho reflete sobre as tensões, desafios, conquistas e aprendizados vivenciados no processo de construção de uma Arte/Educação decolonial, destacando tanto os avanços quanto as contradições encontradas. Alguns dos resultados parciais revelam: a) a necessidade da inserção do debate acerca da educação das relações étnico-raciais tanto na formação inicial docente em Arte, quanto na formação continuada de docentes que atuam na Educação Básica; b) há uma abertura e um interesse de estudantes, especialmente do Ensino Médio, para o debate das questões raciais; c) o discurso repetido da falta de material didático para abordagem das questões étnico-raciais na Arte/educação é desmontado pela ampla gama de materiais disponíveis nos mais diversos suportes, físicos e virtuais (textos, livros, filmes, vídeos, imagens, exposições); d) o potencial da Arte como elemento que desperta o senso crítico, a criatividade e a sensibilidade de estudantes para as questões étnico-raciais na escola.

     

  • Palavras-chave
  • Arte/Educação; Decolonial, Pesquisa/ação.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Educação e Diversidade
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