LITERATURA E LEITURA NO ENSINO NORMAL: MEMÓRIAS DA FORMAÇÃO E EXPERIÊNCIAS DA PRÁTICA DOCENTE

  • Autor
  • Jheniffer Ranielle Silva Fiuza
  • Co-autores
  • Geisa Magela Veloso
  • Resumo
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    O presente estudo é um recorte da dissertação denominada “Literatura e formação docente: memórias e experiências de leitura de professores”. Como problema de pesquisa definiu-se: Quais as percepções sobre a literatura e a prática de leitura literária foram inscritas nas memórias de professoras que se formaram no Curso Normal, no contexto de renovação proposto pelo movimento escolanovista? Neste estudo, consideramos que as práticas de leitura são constituidoras do ser professor, dada a centralidade da leitura e da posição essencial dos docentes como mediadores de leitura e formadores de novas gerações. Por isso, a retomada de memórias e das experiências com a literatura no âmbito da formação docente se mostra relevante para o campo da educação. Segundo Kramer e Oswald (2002), o professor precisa proporcionar para si leituras diversificadas, ajudando-o a desenvolver suas relações e interações no convívio social, mas, acima de tudo, promover leituras literárias que os conectem com as complexidades da vida. O estudo objetivou compreender o lugar das práticas de leitura literária em processos de formação de professores no âmbito do Curso Normal. A base teórica foi fundamentada em Kramer (2001), ao discutir o modo como as experiências do passado constituem o processo de fazer história, sendo que, pelas narrações e relatos, as professoras rememoram suas práticas de leitura literária, durante a vida e a formação. A pesquisa foi desenvolvida por abordagem de natureza qualitativa, com realização de entrevistas semiestruturadas com seis professoras que concluíram o Ensino Normal, durante a temporalidade de 1948 a 1974. As Escolas Normais se constituem como espaços selecionados para o estudo, por se constituírem em importantes instituições formadoras de professores, sobretudo porque “a cultura profissional docente está muito presente nestas escolas e os formadores de professores são, eles próprios, professores do ensino básico” (Nóvoa, 2024, p. 4). A investigação foi realizada na cidade de Montes Claros. A análise fundamentou-se na perspectiva memorialística, por constituir-se em suporte desencadeador de significados para a formação e a prática docente. As constatações evidenciam que a memória das normalistas é uma via de acesso aos conhecimentos, que revelam suas identidades individuais e coletivas, constituídas ao longo do tempo. As lembranças indicam que as experiências docentes com a leitura são limitadas pelas condições sociais e culturais das participantes, e aponta para a necessidade de maior presença da literatura na formação de professores.

     

  • Palavras-chave
  • Leitura literária, memória, Escola Normal.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Alfabetização, Letramento e outras Linguagens
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