Estudos sobre o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) tem apontado avanços e retrocessos dessa política pública (Abreu et al, 2024), mas pouco se discute sobre o alinhamento aos princípios dos organismos internacionais - Banco Mundial e Organização das Nações Unidas para a Educação Ciência e Cultura (UNESCO). Este resumo tem como objetivo analisar as influências dos organismos internacionais na formação inicial proporcionada pelo PIBID, sendo justificado pela importância dessa política pública nas vivências e práticas na formação inicial de professores. O referencial teórico está ancorado em estudos no campo das Políticas Públicas Educacionais, Formação de Professores e Neoliberalismo na Educação. A abordagem metodológica é qualitativa, exploratória e constitui-se de revisão bibliográfica na base de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO) com os seguintes descritores: “formação inicial de professores; PIBID; anos iniciais do Ensino Fundamental; organismos internacionais”. Foram encontrados, inicialmente, seis artigos agrupados em duas categorias: Formação inicial e Implementação. Na primeira, nota-se o caráter mercadológico baseado nos interesses dos organismos internacionais na configuração do PIBID, reforçando padrões de competência docente – eficiência, eficácia, produtividade – que desconsideram determinados contextos e saberes educacionais que influencia a formação docente. Na segunda, observa-se que os Organismos Internacionais impõem diretrizes educacionais por meio de práticas pedagógicas técnico-instrumentais que reduzem o papel dos pibidianos a meros executores de práticas pedagógicas que buscam os melhores rendimento e desempenhos dos estudantes, limitando na implementação do PIBID a atuações acríticas e pouco reflexivas.
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XV Congresso Nacional de Pesquisa em Educação: "ED
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