UNIVERSIDADE E POLÍTICAS DE INCLUSÃO: COTIDIANO CONTROVERSO

  • Autor
  • SIMONE MONTEIRO RIBEIRO
  • Resumo
  •  

    No contexto universitário a implantação das Políticas de Ações Afirmativas e a implementação do Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES), com a ampliação de acesso e o apoio à permanência a populações tradicionalmente excluídas da Educação Superior representaram um grande feito na direção de promoção de justiça social (Imperatori, 2017). Essa pesquisa, em desenvolvimento, tem o objetivo de analisar como os estudantes que ingressaram pelas cotas têm vivenciado as suas experiências na universidade atualmente; quais as dificuldades e desafios que experimentam; como têm construído o seu percurso. Trata-se de pesquisa qualitativa, com estudo de casos, tendo como instrumentos entrevistas abertas e rodas de conversas com estudantes universitários da Unimontes. Adota o referencial téorica-epistemológico da Psicologia Histórico-cultural. Como resultados parciais, fruto da pesquisa de revisão de literatura, discute-se que o caminho da inclusão efetiva ainda está em curso, porque no cotidiano da vida universitária ainda se reproduzem relações de preconceito, de exclusão e de discriminação tão presentes na sociedade (Chagas e Pedroza, 2017). São várias universidades dentro de uma mesma, porque cada instituição comporta inúmeras contradições (Chauí, 2016). Os avanços e transformações propositivas de inclusão e de justiça social concorrem com conservadorismos e resistências. Isso denota que a universidade é parte e expressão da própria sociedade em que está inserida, mas em relação à qual tem a grande responsabilidade de promover transformações e superação. Por isso, a importância de constantes estudos que analisem as políticas e estratégias de gestão da educação na universidade, promovendo o pensar sobre si mesma, em perspectiva reflexiva, crítica e propositiva.

     

     Referências

     CHAGAS, J. C.; PEDROZA, R. L. S. Patologização e Medicalização da Educação Superior. Psicologia: teoria e pesquisa, Brasília, v,32, n. esp., p. 1-10, 2017.

    CHAUÍ, M. Contra a universidade operacional e a servidão voluntária. Congresso da Universidade da Bahia, UFBA, 2016. Disponível em: https://www.ufba.br/ufba_em_pauta/conhe%C3%A7a-palestra-contra-universidade-operacional-e-servid%C3%A3o-volunt%C3%A1ria.

     

     IMPERATORI, T. A trajetória da assistência estudantil na educação superior brasileira. Serviço Social e Sociedade. São Paulo, n. 129, p. 285-303, 2017. 

     

    Apoio: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais – FAPEMIG.

     

  • Palavras-chave
  • Universidade; Inclusão; Estudantes Cotistas
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Políticas Públicas e Gestão da Educação
Voltar Download
  • Alfabetização, Letramento e outras Linguagens
  • Educação Matemática
  • Educação e Diversidade
  • Tecnologias da Educação e Educação a Distância
  • Saberes e Práticas Educativas
  • Políticas Públicas e Gestão da Educação
  • História da Educação
  • Infâncias e Educação Infantil
  • Processos Educativos dos Povos e Comunidades Tradicionais e Movimentos Sociais

Comissão Organizadora

XV Congresso Nacional de Pesquisa em Educação: "ED

Comissão Científica