No contexto universitário a implantação das Políticas de Ações Afirmativas e a implementação do Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES), com a ampliação de acesso e o apoio à permanência a populações tradicionalmente excluídas da Educação Superior representaram um grande feito na direção de promoção de justiça social (Imperatori, 2017). Essa pesquisa, em desenvolvimento, tem o objetivo de analisar como os estudantes que ingressaram pelas cotas têm vivenciado as suas experiências na universidade atualmente; quais as dificuldades e desafios que experimentam; como têm construído o seu percurso. Trata-se de pesquisa qualitativa, com estudo de casos, tendo como instrumentos entrevistas abertas e rodas de conversas com estudantes universitários da Unimontes. Adota o referencial téorica-epistemológico da Psicologia Histórico-cultural. Como resultados parciais, fruto da pesquisa de revisão de literatura, discute-se que o caminho da inclusão efetiva ainda está em curso, porque no cotidiano da vida universitária ainda se reproduzem relações de preconceito, de exclusão e de discriminação tão presentes na sociedade (Chagas e Pedroza, 2017). São várias universidades dentro de uma mesma, porque cada instituição comporta inúmeras contradições (Chauí, 2016). Os avanços e transformações propositivas de inclusão e de justiça social concorrem com conservadorismos e resistências. Isso denota que a universidade é parte e expressão da própria sociedade em que está inserida, mas em relação à qual tem a grande responsabilidade de promover transformações e superação. Por isso, a importância de constantes estudos que analisem as políticas e estratégias de gestão da educação na universidade, promovendo o pensar sobre si mesma, em perspectiva reflexiva, crítica e propositiva.
Apoio: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais – FAPEMIG.
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XV Congresso Nacional de Pesquisa em Educação: "ED
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