A EFETIVAÇÃO DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE NA GESTÃO EDUCACIONAL: DESAFIOS E PERSPECTIVAS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS
Cleane Rodrigues Souto Oliveira
Unimontes
Emilly Vitória Santos Pereira
Unimontes
emilly100355@gmail.com
Ingrid Roberta Gonçalves dos Santos
Unimontes
santtos0000ingrid@gmail.com
Camille Rodrigues de Jesus
Unimontes
camillerodrigues0@hotmail.com
Eixo: Políticas Públicas e Gestão da Educação
Palavras-chave: ECA. Políticas Públicas. Gestão educacional
Resumo Simples
A presença recorrente de situações de evasão, negligência e violência nas escolas revela que a simples existência de um marco legal não é suficiente. É necessário analisar como os gestores escolares compreendem e aplicam o Estatuto da Criança de do Adolescente (ECA) na prática cotidiana, principalmente em contextos de vulnerabilidade social. O referido estatuto, instituído pela Lei nº 8.069/1990, consolidou o princípio da proteção integral e o reconhecimento da criança e do adolescente como sujeitos de direitos. No campo da educação, o ECA estabelece diretrizes fundamentais que exigem do Estado e da gestão escolar um compromisso com a garantia do acesso, permanência e qualidade do ensino, “ A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho’ (ECA: BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990). Sua efetivação, depende da atuação das políticas públicas e da gestão educacional como espaços de mediação entre norma e realidade. Abramovay (2005) “A escola e seus profissionais formam um universo capaz de propiciar o desenvolvimento do aluno, bem como de criar condições para que ocorram aprendizagens significativas e interações...” (Abramovay, 2005, p. 28). A pesquisa tem como objetivo analisar de que forma o ECA vem sendo incorporado nas práticas da gestão educacional e nas políticas públicas voltadas à infância e adolescência. A pesquisa, de abordagem qualitativa, utilizou revisão bibliográfica para compreender os desafios enfrentados pelas escolas públicas na efetivação dos direitos educacionais. Os resultados indicam que, embora o ECA represente um avanço jurídico importante, sua aplicação na prática escolar é limitada por falta de articulação intersetorial, formação adequada de gestores e ausência de recursos. Conclui-se que a valorização da gestão educacional democrática, a formação continuada e o fortalecimento da rede de proteção são fundamentais para transformar a escola em espaço de cidadania, inclusão e respeito aos direitos humanos, a escola precisa assumir seu papel ativo na rede de proteção, sendo um espaço de escuta e acolhimento.
Referências
ABRAMOVAY, Miriam. Violências nas escolas. Brasília: UNESCO, 2005.
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso em: 02 maio 2025.
LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola. Goiânia: Alternativa, 2004.
Comissão Organizadora
XV Congresso Nacional de Pesquisa em Educação: "ED
Comissão Científica