O CONTROLE DO TRABALHO DAS PROFESSORAS ALFABETIZADORAS NA PANDEMIA: A FALÁCIA DO PRODUTIVISMO

  • Autor
  • Cecídia Barreto Almeida
  • Co-autores
  • MARA RUBIA APARECIDA DA SILVA
  • Resumo
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    O CONTROLE DO TRABALHO DAS PROFESSORAS ALFABETIZADORAS NA PANDEMIA: A FALÁCIA DO PRODUTIVISMO

    Introdução

     

    A pesquisa situa-se no campo da alfabetização, com ênfase na relação entre o trabalho das professoras alfabetizadoras e a congruência que impera em nas práticas pedagógicas.

     

    Justificativa e problema da pesquisa

     

    A pesquisa justifica-se pela própria complexidade deste momento histórico, em que as professoras, as escolas, e os estudantes são fortemente afetados pela lógica imposta pelo capital, em um município marcado pela desigualdade social, pobreza e falta de acessos aos bens básicos como saúde e alimentação, uma miséria que coloca o trabalhador sobre os ditames do capital, destarte o trabalhador docente também faz parte dessa categoria massiva de precariedade e falta de direitos. 

     

     

    Objetivos da pesquisa

     

    Este estudo, objetiva-se compreender a percepção das professoras alfabetizadoras de duas escolas municipais, na região norte mineira, acerca da relação com o trabalho na modalidade remota e do uso da Base Nacional Comum Curricular (BNCC),  nas práticas pedagógicas desenvolvidas nas turmas dos dois primeiros anos. 

     

     

    Referencial teórico que fundamenta a pesquisa

     

    A conceituação do trabalho trazida aqui, caracteriza a questão da precarização e da reestruturação produtiva do capital, entendemos que perpassa por uma história de lutas sociais e que a organização da sociedade se dá a partir de uma construção empírica.  Nesse sentido, nosso referencial teórico é pautado na análise do materialismo histórico dialético dialogando com autores como Antunes (2020, 2014), Marx (2014).

     

    Procedimentos metodológicos

     

    Os procedimentos metodológicos adotados foi um questionário disponibilizado por meio do aplicativo google forms. As participantes encontram-se na faixa etária de 26 a 32 anos, todas possuem ensino superior no curso de Pedagogia. Faremos referência às professoras como P1, P2, P3, P4, P5, P6, P7, P8, P9, P10. A pesquisa é de natureza qualitativa, focalizada na percepção e nas experiências das docentes.

     

     

    Análise dos dados e resultados finais da pesquisa

     

    As professoras que responderam ao questionário afirmaram que a gestão da escola supervisionam diariamente as atividades elaboradas, com o propósito de verificar se os conteúdos estão sendo ministrados em conformidade com a BNCC, e oito delas disseram que em nenhum momento tiveram como prioridade compreender o processo de aprendizagem das crianças. “A proposição da direção da escola é que façamos cinco atividades para que a supervisora escolha as três melhores, o que nos mantém aflitas para darmos conta de preparar atividades coerentes e criativas.” (P1, 2021)

    As professoras pontuam o produtivismo na educação quando os discursos mostram o descaso com o ensino ao dar qualquer atividade para o aluno para o mesmo não ficar sem fazer nada, o professor fica alheio de seu trabalho e reproduz a precariedade e a relação de opressor e oprimido ao acatar as demandas das gestões e dos superiores.

     

     

    Relação do objeto de estudo com a pesquisa em Educação e eixo temático do COPED

     

                A discussão da alfabetização neste resumo problematiza questões importantes a serem discutidas no evento, haja vista a realidade neoliberal atual.

     

     

    Considerações finais

     

                Quando o professor perde a sua subjetividade para o capital, ele se submete ao trabalho, seja ele de qual forma , precarizado e alienado, subverte sua realidade para atender as normativas dos superiores, assim ele contempla os ditames econômicos do capital e gera lucro aos patrões, trabalhando por horas, recebendo um salário desapropriado para a quantidade de trabalho exercido, uma beleza para o capital e uma destruição para a vida do trabalhador. 

     

     

    Referências

     

    ANTUNES, Ricardo (org.). Uberização, trabalho digital e indústria 4.0. 1. ed. São Paulo: Boitempo. 2020.

     

     

     

     

     

     

  • Palavras-chave
  • Alfabetização, Precarização, neoliberalismo
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Alfabetização, Letramento e outras Linguagens
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