Introdução: Esquizofrenia é um transtorno mental crônico caracterizado por distorções do pensamento, percepção, emoções e comportamento. Na fisiopatologia, há disfunção nos circuitos dopaminérgicos do cérebro, com hipóteses envolvendo hiperatividade dopaminérgica mesolímbica e hipoatividade mesocortical. A doença manifesta-se com sintomas positivos, como alucinações e delírios, e negativos, como apatia e retraimento social. Objetivo: Objetiva-se estudar a morbimortalidade hospitalar relacionada a Esquizofrenia na população brasileira, entre os anos de 2013 a 2023. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico retrospectivo de caráter descritivo e natureza quantitativa. Utilizou-se dados do SIH/SUS – DATASUS para analisar as Internações por Esquizofrenia ao longo de uma década na população brasileira entre os anos de 2013-2023. Resultados: Foram notificadas 74.922 internações por Esquizofrenia, a faixa etária de 20 a 29 anos destacou-se com 17.684 notificações por internações (23,6%), seguida da faixa de 30 a 39 anos representando 17.539 casos (23,4 %). O sexo masculino destacou-se com 44.732 (59,7%) casos e o sexo feminino 30.190 (40,29%) internações. No tocante a Cor/Raça destaque para a cor Parda com 37.765 (50,4 %), seguida da cor Branca com 28.196 internações (37,6%), a média de permanência de 26,1 dias, taxa de mortalidade total equivalente a 0,23%, foram contabilizados 170 óbitos e gastos hospitalares de R$ 1.497.180.158,54 reais, a região Sudeste foi predominante com 30.227 casos (40,34 %). Conclusão Entre 2013 e 2023, foram notificadas 74.922 internações por esquizofrenia no Brasil, com maior incidência entre jovens de 20 a 29 anos. O sexo masculino foi mais afetado, representando 59,7% das internações. A cor parda predominou entre os pacientes, seguida pela cor branca. A média de permanência hospitalar foi alta, com 26,1 dias, e a taxa de mortalidade foi baixa, 0,23%, resultando em 170 óbitos. A região Sudeste registrou o maior número de casos. Os elevados custos hospitalares e a longa duração das internações evidenciam a carga significativa da esquizofrenia no sistema de saúde, sublinhando a necessidade de estratégias eficazes de tratamento e suporte.
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