INTRODUÇÃO: A violência obstétrica é uma preocupação crescente na saúde pública, especialmente no Brasil, onde mulheres frequentemente enfrentam violações de direitos durante o parto. Este fenômeno envolve desde intervenções médicas desnecessárias até discriminação e abuso verbal ou físico por parte dos profissionais de saúde. Os impactos dessa violência são profundos, afetando negativamente a saúde física e psicológica das mulheres, além de comprometer o vínculo com seus bebês e a confiança no sistema de saúde. Diante desse cenário, é fundamental explorar e debater estratégias para prevenir e enfrentar a violência obstétrica, garantindo um parto respeitoso e seguro para todas as mulheres. OBJETIVO: Investigar e analisar os impactos da violência obstétrica na saúde da mulher no contexto brasileiro. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada nas bases de dados Periódicos da CAPES e PubMed, com os Descritores em Ciência da Saúde (DeCS): “Impactos”; “Violência Obstétrica”, “Saúde da Mulher”, sendo assim foi aplicado o operador booleano “AND”. Os critérios de inclusão foram artigos publicados a partir dos últimos cinco anos, e disponíveis na íntegra na língua portuguesa e inglesa. Foram excluídos do estudo, artigos publicados há mais de cinco anos, em outros idiomas que não seja português, inglês, foram excluídas teses e dissertações. Definidos os critérios, os artigos encontrados nas bases de dados tiveram seus títulos e resumos lidos na íntegra gratuitos, foi realizada a seleção e leitura na íntegra, com a finalidade de encontrar materiais que tinham alguma aproximação com o tema central da pesquisa. Com essas delimitações, foram encontrados aproximadamente 20 artigos e destes selecionados, cinco para discussão deste estudo. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Os estudos revisados revelaram que a violência obstétrica é um problema significativo no contexto brasileiro, envolvendo práticas como intervenções médicas desnecessárias, discriminação e abuso verbal ou físico durante o parto. Essas práticas têm impactos profundos na saúde física e psicológica das mulheres, aumentando o risco de complicações pós-parto, traumas emocionais e dificuldades no estabelecimento do vínculo mãe-bebê. Além disso, a experiência de violência obstétrica compromete a confiança das mulheres no sistema de saúde e pode perpetuar desigualdades sociais e de gênero. Também enfatizaram a necessidade urgente de políticas públicas e práticas clínicas que promovam um parto respeitoso, baseado no respeito aos direitos das mulheres, consentimento informado e acompanhamento humanizado. Estratégias de capacitação para profissionais de saúde, educação para gestantes sobre seus direitos durante o parto e o fortalecimento de mecanismos de denúncia e proteção são essenciais para mitigar a violência obstétrica e melhorar a qualidade da assistência obstétrica no Brasil. Os principais achados e implicações do estudo sobre violência obstétrica, oferecendo uma visão geral dos problemas identificados e das recomendações para a melhoria do cuidado obstétrico no país. CONCLUSÃO: A violência obstétrica no Brasil é uma preocupação crescente, envolvendo desde intervenções médicas desnecessárias até abusos verbais e físicos por profissionais de saúde durante o parto. Essas práticas têm impactos profundos na saúde física e psicológica das mulheres, afetando negativamente o vínculo com seus bebês e a confiança no sistema de saúde. É crucial implementar políticas públicas que promovam um parto respeitoso, baseado no respeito aos direitos das mulheres e no consentimento informado. A capacitação dos profissionais de saúde, a educação das gestantes sobre seus direitos e o fortalecimento dos mecanismos de denúncia são fundamentais para mitigar a violência obstétrica e melhorar a qualidade da assistência no país.
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