INTRODUÇÃO: O racismo e a vulnerabilidade impactam a saúde das populações negras, e sua relação com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) exige uma análise aprofundada. Estudos sobre TEA frequentemente não consideram as especificidades dessas populações, resultando em lacunas no tratamento e compreensão do transtorno. O mapeamento da produção científica visa preencher essas lacunas, destacar desigualdades e promover abordagens culturalmente sensíveis, buscando uma pesquisa mais inclusiva e políticas mais equitativas para todos, independentemente de raça ou etnia. OBJETIVOS: Investigar a produção científica atual sobre o transtorno do espectro autista e o racismo com pessoas negras e em situação de vulnerabilidade. METODOLOGIA: Realizou-se uma revisão sistemática da literatura, realizada nas bases de dados Periódicos da CAPES e Scientific Electronic Library Online (Scielo), utilizados os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) “Racismo”, “Saúde” e “Transtorno do Espectro Autista”, “Vulnerabilidade”, combinados para a pesquisa. A pesquisa foi estruturada utilizando o operador booleano “AND” para combinar esses termos. A estratégia de busca envolveu a combinação dos descritores mencionados, resultando na seguinte formulação: “Autismo”, “Negros” AND “Transtorno”, As combinações entre os descritores foram utilizadas para o desenvolvimento do trabalho. Os critérios de inclusão utilizados foram: artigos que abordaram a temática proposta, artigos na íntegra de 2018 a 2024. Já os critérios de exclusão foram artigos pagos, repetidos e sem relação com a temática proposta. Foram encontrados 30 artigos para a pesquisa e 5 selecionados após a leitura. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A revisão sistemática revelou a escassez de estudos sobre TEA em populações negras e vulneráveis, com poucos artigos focando na interseção entre racismo, vulnerabilidade e TEA. Dos 30 artigos identificados, apenas 5 abordaram diretamente essas questões. Os estudos destacam a falta de consideração das particularidades culturais e sociais dessas populações, o que pode resultar em diagnósticos inadequados e maiores desigualdades. Há uma necessidade urgente de mais pesquisas que integrem perspectivas raciais e de vulnerabilidade para garantir um atendimento equitativo. CONCLUSÃO: Concluímos que há uma escassez de estudos sobre a interseção entre TEA, racismo e vulnerabilidade em populações negras, o que limita a compreensão de suas necessidades e pode gerar desigualdades no diagnóstico e tratamento. É crucial incentivar mais pesquisas que abordem essas interseções para assegurar um atendimento mais equitativo e culturalmente adequado.
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