Introdução: As nanopartículas de óxido de ferro (Fe?O?) têm ganhado destaque na oncologia devido ao seu potencial no tratamento do câncer por meio da hipertermia magnética. Esse método utiliza um campo magnético alternado para gerar calor local, elevando a temperatura das nanopartículas inseridas no tecido tumoral e destruindo as células cancerígenas sem afetar os tecidos saudáveis circundantes. As propriedades magnéticas e a biocompatibilidade dessas nanopartículas, além de sua funcionalização com ligantes específicos, contribuem para sua eficácia no direcionamento a tumores. Objetivos: Avaliar a eficácia das nanopartículas de óxido de ferro (Fe?O?) na hipertermia magnética como tratamento complementar ao câncer, explorando sua capacidade de gerar calor controlado e sua combinação com outras modalidades terapêuticas. Metodologia: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura utilizando os descritores "Hipertermia Magnética", "Nanopartículas" e "Tratamento do Câncer" em bases de dados como SciELO, Medline e Lilacs. O operador booleano "AND" foi utilizado para refinar a busca. Foram incluídos estudos publicados entre 2020 e 2024 que abordaram o uso de nanopartículas de Fe?O?. No total, 12 artigos foram selecionados para análise. Resultados e Discussões: Os resultados extraídos dos estudos analisados indicam que as nanopartículas de Fe?O? apresentam uma alta capacidade de gerar calor em resposta a campos magnéticos alternados, o que promove a destruição eficiente de células tumorais. Além disso, a biocompatibilidade dessas nanopartículas, quando funcionalizadas adequadamente, mostra-se promissora, com baixa toxicidade observada em estudos pré-clínicos e clínicos. A funcionalização com ligantes específicos tem demonstrado aumentar a seletividade tumoral, garantindo que as nanopartículas se acumulem preferencialmente no tecido doente, minimizando a exposição de tecidos saudáveis ao tratamento térmico. A combinação da hipertermia magnética com outras terapias, como quimioterapia ou radioterapia, também tem se mostrado promissora, sugerindo uma potencial sinergia entre os tratamentos. A elevação da temperatura no microambiente tumoral pode aumentar a permeabilidade da membrana celular, facilitando a penetração de fármacos quimioterápicos ou sensibilizando as células cancerígenas à radiação. Esses fatores podem levar a uma maior taxa de apoptose e, consequentemente, aumentar a eficácia global do tratamento. Além disso, a modelagem computacional e o uso de técnicas avançadas de imagem médica, como ressonância magnética e tomografia por emissão de pósitrons (PET), têm potencial para melhorar o monitoramento do tratamento, permitindo a visualização em tempo real da distribuição das nanopartículas e do calor gerado. Isso oferece uma ferramenta valiosa para otimizar a dosagem e a distribuição das nanopartículas, garantindo uma aplicação uniforme do calor nas regiões tumorais. Considerações Finais: As nanopartículas de óxido de ferro (Fe?O?) para hipertermia magnética representam uma abordagem promissora para o tratamento do câncer, oferecendo uma alternativa menos invasiva e com menor impacto nos tecidos saudáveis. No entanto, desafios como a otimização da distribuição das partículas e a avaliação da segurança a longo prazo ainda precisam ser abordados. O avanço nas áreas de nanotecnologia e biomedicina pode consolidar essa técnica como uma terapia complementar importante no combate ao câncer.
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