Introdução: A obesidade cresceu globalmente nas últimas cinco décadas, com projeções indicando que 57,8% da população mundial poderá estar acima do peso até 2030. No Brasil, 41% da população poderá ser obesa até 2035, segundo a WOF. A cirurgia bariátrica, incorporada ao SUS em 2017 por videolaparoscopia, é eficaz para tratar a obesidade e comorbidades. Essa técnica minimamente invasiva apresenta vantagens, mas a visão bidimensional limita a ergonomia e demanda habilidade em pacientes com superobesidade. A cirurgia robótica oferece solução, proporcionando melhor ergonomia e qualidade de imagem. Embora segura, complicações pós-cirúrgicas ainda geram internações significativas. Objetivo: Nesse contexto, o trabalho busca traçar o perfil de pacientes no período compreendido entre os anos de 2017 e 2022, com base nos dados do site do DATASUS nas diferentes regiões e unidades federativas do Brasil, que precisam passar pelo procedimento de cirurgia bariátrica, e comparar as vantagens da cirurgia pela técnica por videolaparoscopia e robótica. Metodologia: Estudo retrospectivo descritivo e integrativo, seguindo o checklist PRISMA. Consultadas plataformas Medline, PubMed e Scielo, com descritores “Cirurgia Bariátrica”, “Videolaparoscopia” e “Obesidade”. Análise de dados do TABNET DATASUS (2017-2022) avaliou internações e intercorrências. Calculado percentual por estado: internações estaduais/internações totais x 100. Resultados e Discussão: A Portaria n° 5/2017 incorporou a videolaparoscopia nas cirurgias bariátricas pelo SUS, aumentando as internações anuais de 239 em 2017 para 1774 em 2022, representando um crescimento de 13,47% para o período. A segurança do paciente é essencial para minimizar complicações e garantir bons resultados. Moon et al. (2016) compararam gastrectomias assistidas pelo sistema robótico da Vinci e por videolaparoscopia, observando maior tempo de internação e readmissão na cirurgia robótica, mas menor taxa de vazamentos em relação à videolaparoscopia. A curva de aprendizado da técnica robótica precisa ser superada antes de sua ampla adoção em cirurgias bariátricas. Considerações Finais: A obesidade avança no Brasil, com comorbidades associadas. A cirurgia bariátrica é indicada após falha de outras intervenções. Internações por videolaparoscopia aumentaram desde 2017, especialmente no Nordeste, enquanto complicações pós-cirúrgicas prevalecem no Sul e Sudeste. Algumas técnicas requerem mais estudos, ressaltando a importância da escolha adequada para cada paciente.
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