CYTAUXZOON FELIS EM GATO DOMÉSTICO: RELATO DE CASO E BREVE REVISÃO

  • Autor
  • Maria Bernardete Oliveira Trajano da Silva
  • Co-autores
  • Natalia Aparecida Fernandes de Brito , Gabriela de Freitas Rabelo , Amanda de Lucena Pedral , Karine Pinheiro Silva , Bianca Sasse de Castro , Laryssa Santos Matias , Isabel Cunha de Menezes , Andressa Almeida Santana Dias , Maria Raquel Silva , Adrian da Cunha Tavares Vieira
  • Resumo
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    Introdução: A Cytauxzoonose felina, causada pelo protozoário Cytauxzoon felis e transmitida por carrapatos, é rara no Brasil, com sintomas inespecíficos como febre e letargia. Este estudo relata um caso em Petrópolis, RJ, detalhando diagnóstico, tratamento e revisão da literatura sobre essa infecção emergente em felinos domésticos e selvagens.Objetivo: Este estudo tem como finalidade relatar o caso de um gato doméstico acometido pelo hemoparasita Cytauxzoon felis, atendido em 2016 na cidade de Petrópolis, Rio de Janeiro, Brasil. O relato abrange a caracterização dos sinais clínicos apresentados, os resultados dos exames laboratoriais realizados e a análise da resposta terapêutica instituída. Paralelamente, é conduzida uma síntese crítica da literatura científica disponível sobre a cytauxzoonose felina, destacando aspectos clínicos, epidemiológicos e terapêuticos dessa infecção emergente. Metodologia: Safira, gata SRD resgatada, apresentou apatia, anorexia, icterícia e hipertermia. Exames revelaram leucopenia, linfopenia, trombocitose, ALT elevada e hepatomegalia. Sorologia indicou coinfecção por Ehrlichia canis e Cytauxzoon felis, com diagnóstico não reagente para FIV e FeLV. A coinfecção foi identificada como causa dos sinais clínicos observados. Resultados e Discussão: Após acompanhamento mensal, a gata Penélope apresentou recuperação completa em cinco meses, com exames laboratoriais normais e saúde mantida até hoje. Um ano após a cura, detectou-se fraco positivo para Babesia, associado à memória imunológica, enquanto Cytauxzoon foi negativo. No Brasil, a Cytauxzoonose é rara e pouco compreendida. Transmitida por carrapatos, é uma doença febril grave com sinais inespecíficos como febre, icterícia e anemia, podendo levar à morte. Diagnósticos incluem esfregaços sanguíneos e PCR. Tratamentos modernos, como atovaquona e azitromicina, ou Dipropionato de Imidocarb, têm maior eficácia, mas a prevenção é dificultada pela presença de reservatórios silvestres. Considerações Finais: A felina Isadora foi diagnosticada com Cytauxzoon felis e Ehrlichia canis, doenças graves e de prognóstico reservado. Tratamento imediato com Dipropionato de Imidocarb, doxiciclina e suporte clínico resultou em recuperação completa após cinco meses. Apesar do sucesso, destaca-se a necessidade de prevenção, monitoramento e controle rigoroso de carrapatos para evitar novas infecções.

     

  • Palavras-chave
  • felino, hemoparasitos, esfregaço sangúineo, PCR, tratamento.
  • Área Temática
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