Introdução: O câncer é uma das principais causas de morte no mundo, e as terapias convencionais como quimioterapia e radioterapia apresentam limitações significativas, como efeitos colaterais e resistência tumoral. Nesse contexto, os canabinoides surgem como uma alternativa promissora, com propriedades anti-inflamatórias e antitumorais. A nanotecnologia, especialmente as nanocápsulas, tem sido explorada para melhorar a eficácia e reduzir os efeitos adversos dos tratamentos oncológicos, promovendo uma liberação controlada e direcionada dos canabinoides. Objetivos: Analisar o potencial das nanocápsulas contendo canabinoides no tratamento do câncer, investigando sua eficácia terapêutica e a capacidade de reduzir os efeitos adversos das terapias tradicionais. Além disso, busca-se explorar os avanços tecnológicos em sistemas de liberação controlada e discutir a viabilidade clínica dessa abordagem inovadora. Metodologia: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura utilizando descritores como “Canabinoides”, “Nanocápsulas”, “Tratamento Oncológico” e “Terapias Inovadoras” nas bases SciELO, Medline e Lilacs. A seleção de artigos seguiu critérios de inclusão e exclusão, priorizando os publicados entre 2020 e 2024, resultando em 18 estudos que foram analisados detalhadamente. Resultados e Discussões: A análise dos artigos mostrou que as nanocápsulas de canabinoides são eficazes na entrega direcionada e controlada de compostos terapêuticos, melhorando a biodisponibilidade e reduzindo os efeitos colaterais dos tratamentos oncológicos. A encapsulação de canabinoides como THC e CBD nas nanocápsulas oferece maior estabilidade e proteção, facilitando sua ação nas células tumorais. A combinação com nanotecnologia também tem potencial para melhorar a interação entre fármacos e células cancerígenas, além de aliviar os efeitos secundários da quimioterapia. Considerações Finais: As nanocápsulas de canabinoides têm se mostrado uma abordagem promissora para melhorar a eficácia terapêutica no tratamento do câncer, oferecendo vantagens como liberação controlada e direcionada, redução da toxicidade e alívio de sintomas como dor e náuseas. No entanto, mais estudos clínicos são necessários para avaliar sua segurança, eficácia e viabilidade para produção em larga escala, a fim de integrar essas tecnologias no tratamento oncológico de forma prática e acessível.
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