PREVENÇÃO DA SOBRECARGA CIRCULATÓRIA NO CHOQUE HEMORRÁGICO

  • Autor
  • Bruna Sacagni Domingues
  • Co-autores
  • Lilian Silva de França
  • Resumo
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    Introdução: A terapia transfusional é um procedimento de transferência de sangue ou hemocomponentes essencial no tratamento do choque hemorrágico. Apesar dos avanços na área da hemovigilância, as reações adversas à hemotransfusão permanecem significativas, visto que elas dependem também da resposta individual do receptor. A sobrecarga circulatória é uma reação transfusional imediata de caráter não imunológico que acomete principalmente idosos, crianças e cardiopatas devido sua menor capacidade de adaptação a mudanças volêmicas súbitas. Objetivo: O objetivo da pesquisa é analisar a ocorrência de sobrecarga circulatória associada à transfusão em pacientes com choque hemorrágico, com base em uma revisão narrativa da literatura, buscando compreender os fatores de risco, critérios adequados de indicação transfusional e estratégias de prevenção dessa complicação. Metodologia: Trata-se de uma revisão narrativa de literatura realizada na base de dados SciELO com o objetivo de analisar a ocorrência de sobrecarga circulatória associada a transfusão em pacientes com choque hemorrágico. A coleta dos dados foi feita utilizando descritores em saúde e operadores Booleanos: “Transfusão Sanguínea AND Choque hemorrágico e “Reações Transfusionais OR Sobrecarga Circulatória Associada à Transfusão”. Entre os 27 artigos encontrados, 5 foram selecionados, sendo incluídos artigos completos em português e inglês relacionados ao tema e com metodologia de forte impacto (revisões sistemáticas, meta-análises, ensaios clínicos, estudos de coorte ou observacionais) e excluídos artigos incompletos, publicações redundantes e estudo de casos isolados. Resultados e discussão: O choque hemorrágico é um estado de hipoperfusão generalizada decorrente de uma perda sanguínea. Nestes casos, a terapia transfusional está indicada a partir de uma perda volêmica igual ou maior que 30%, estimada a partir de parâmetros como: taquicardia, taquipneia, hipotensão, diminuição do débito urinário, rebaixamento do nível de consciência, aumento no tempo de enchimento capilar e outros sinais de hipoperfusão. Nesse sentido, idosos, crianças e cardiopatas apresentam fator de maior risco, uma vez que sua capacidade de adaptação é inferior, necessitando de maior vigilância e cuidado. Todavia, como a perda é uma estimativa, é necessário cautela no momento da transfusão e monitoramento rigoroso da resposta do receptor. É preciso a confirmação da necessidade de transfusão e verificação frequente de sinais vitais e sintomas associados. Na ocorrência de sinais insuficiência cardíaca (como dispneia e estertores) a transfusão deve ser suspensa, uma vez que as chances de edema agudo de pulmão são grandes. Dessa forma, a descrição incorreta da transfusão no prontuário do paciente, pode levar a uma reposição excessiva e à sobrecarga circulatória. Ademais, o uso do critério adequado para transfusão é essencial na prevenção dessa problemática. Nesse cenário é fundamental o reconhecimento precoce dos sinais e sintomas da sobrecarga. Considerações Finais:  Conclui-se que a terapia transfusional é vital no tratamento de choque hemorrágico, mas a sobrecarga circulatória constitui um risco relevante. O monitoramento contínuo e criterioso dos sinais vitais e de hipoperfusão, principalmente em grupos de maior risco, bem como o registro adequado das condutas tomadas e o reconhecimento precoce de reações adversas é essencial para prevenir complicações nesses pacientes.

     

  • Palavras-chave
  • Choque hemorrágico; Sobrecarga circulatória associada à transfusão; transfusão sanguínea.
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  • Resumo Simples: Ciências da Saúde
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