DESAFIOS E AVANÇOS NO MONITORAMENTO E CONTROLE DA LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA EM REGIÕES ENDÊMICAS

  • Autor
  • Aline Bittencourt de Souza
  • Co-autores
  • Leandra Teixeira Ramos , Ana Gabriela Pereira Moura Leite , Anna Júlia Ripke Gaspar , Gabriely Venturoso Buzati , Alexandre Freitas de Souza Júnior , Renan Gonçalves Silva , Vitória Fernanda Ferreira da Silva , Artur Souza dos Reis , Aline Mariano Cesarette Névoa , Jaqueline de Souza Barbosa , Erika Patrícia Costa Gonçalves Alves , Lizane Paula de Farias Silva , Nayana Lorene Ribeiro Aquere , Mateus de Melo Lima Waterloo
  • Resumo
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    Introdução: A Leishmaniose Visceral Canina (LVC), causada pelo protozoário Leishmania infantum, é uma zoonose de alta relevância epidemiológica no Brasil, sendo responsável por mais de 90% dos casos de leishmaniose visceral registrados nas Américas. No país, o Nordeste concentra mais da metade dos casos humanos notificados, evidenciando o impacto da doença na saúde pública. Os cães desempenham um papel fundamental como principais reservatórios urbanos, perpetuando o ciclo de transmissão mediado pelo vetor Lutzomyia longipalpis. Objetivo: Este estudo teve como objetivo revisar os principais obstáculos e progressos no controle da LVC no Brasil, abordando aspectos epidemiológicos, avanços nos métodos diagnósticos e estratégias de controle implementadas nos últimos anos. Metodologia: Foi realizada uma revisão bibliográfica narrativa, com coleta de dados em fontes científicas e documentos oficiais, incluindo artigos publicados entre 2018 e 2023. Os critérios de seleção priorizaram estudos que discutissem avanços e desafios relacionados à epidemiologia, diagnóstico e controle da LVC. Resultados e Discussões: O Brasil lidera os registros de leishmaniose visceral nas Américas, com um cenário epidemiológico marcado pela expansão da doença para áreas urbanas. Entre os progressos no controle, destacam-se o uso de coleiras impregnadas com deltametrina, que têm reduzido a densidade de flebotomíneos, e o aprimoramento de métodos diagnósticos como DPP® e ELISA, que oferecem maior precisão na identificação de cães infectados. No entanto, persistem desafios significativos, incluindo o alto custo das coleiras, baixa adesão às estratégias de controle pela população e resistência cultural à eutanásia de cães infectados. Além disso, dificuldades estruturais, como a falta de saneamento básico, resistência a medidas de controle e condições precárias de habitação no semiárido nordestino e outros locais endêmicos, contribuem para a manutenção da transmissão da LVC. Conclusão: Apesar dos avanços observados, é fundamental investir em educação em saúde, ampliar o acesso a tratamentos eficazes e melhorar a infraestrutura urbana nas áreas mais vulneráveis. Abordagens integradas e multidisciplinares são essenciais para enfrentar os desafios socioeconômicos e ambientais que favorecem a disseminação da LVC, promovendo uma redução sustentável da incidência da doença.

     

  • Palavras-chave
  • Leishmaniose Visceral Canina, Controle, Epidemiologia
  • Área Temática
  • Capítulo de livro: ciências veterinárias
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